ATA DA TRIGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO
ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA,
EM 08-5-2006.
Aos oito dias do mês de maio do
ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos,
foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini,
Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz
Braz, Margarete Moraes, Nereu D'Avila e Neuza Canabarro. Constatada
a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maria
Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Paulo Odone,
Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano.
À MESA, foram encaminhados: pela Mesa Diretora, o Projeto de Resolução nº
072/06 (Processo nº 2471/06); pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos
Humanos e Segurança Urbana, os Pedidos de Providência nos 794, 949,
960, 961, 962 e 965/06 (Processos nos 2113, 2393, 2434, 2435, 2436 e
2442/06, respectivamente) e os Pedidos de Informação nos 109, 110,
116/06 (Processos nos 2050, 2051 e 2308/06, respectivamente); pelo
Vereador Adeli Sell, o Pedido de Providência nº 875/06 (Processo nº 2264/06) e
o Pedido de Informação nº 117/06 (Processo nº 2400/06); pela Vereadora Angelica
Konzen, o Projeto de Lei do Legislativo nº 064/06 (Processo nº 1693/06); pelo
Vereador Cassiá Carpes, os Pedidos de Providência nos 874, 956, 957,
958 e 959/06 (Processos nos 2263, 2424, 2425, 2426 e 2427/06,
respectivamente); pelo Vereador Carlos Todeschini, os Pedidos de Providência nos
694 e 754/06 (Processos nos 1896 e 2025/06, respectivamente); pelo
Vereador Elói Guimarães, o Pedido de Providência nº 955/06 (Processo nº
2423/06); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de Providência nos
926, 927, 928, 929, 930, 931, 932, 933, 934, 935, 936, 937, 938, 939, 940, 941,
942, 943, 944, 945, 946 e 947/06 (Processos nos 2369, 2370, 2371,
2372, 2373, 2374, 2375, 2376, 2377, 2378, 2379, 2380, 2381, 2383, 2384, 2385,
2386, 2387, 2388, 2389, 2390 e 2391/06, respectivamente); pelo Vereador João
Carlos Nedel, os Pedidos de Providência nos 888 e 950/06 (Processos
nos 2323 e 2394/06, respectivamente) e a Indicação nº 015/06
(Processo nº 2326/06); pela Vereadora Manuela d’Ávila, os Pedidos de
Providência nos 866 e 867/06 (Processos nos 2247 e
2248/06, respectivamente), o Pedido de Informação nº 115/06 (Processo nº
2245/06) e a Indicação nº 013/06 (Processo nº 2244/06); pela Vereadora Margarete
Moraes, o Pedido de Providência nº 969/06 (Processo nº 2446/06); pelo Vereador
Professor Garcia, os Pedidos de Providência nos 830, 831, 832, 833 e
834/06 (Processos nos 2201, 2202, 2203, 2205 e 2206/06, respectivamente).
Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 10112866, 10113123,
10113147, 10117074 e 10123699/06, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde. Na ocasião, o Senhor
Presidente determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da
Vigésima e Vigésima Primeira Sessões Ordinárias e da Sexta Sessão Solene, que,
juntamente com as Atas da Décima Oitava e Décima Nona Sessões Ordinárias,
Quarta e Quinta Sessões Solenes e Segunda e Terceira Sessões Extraordinárias, foram
aprovadas, constatada a existência de quórum deliberativo. Após, o Senhor
Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Julio Lopes dos
Santos, Presidente da Associação dos Engraxates de Porto Alegre, que registrou o transcurso, no dia vinte e
seis de abril, do Dia do Engraxate, discorrendo
sobre problemas enfrentados pela categoria que representa, em especial quanto à
dificuldade de concessão de alvarás para atuação desses profissionais. Ainda, solicitou o apoio dos Senhores Vereadores para que seja melhorada
a limpeza e conservação da Praça da Alfândega e defendeu maior participação dos Engraxates nos debates referentes
à inclusão desse logradouro no Projeto Monumenta, do Governo Federal. Na
oportunidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Cassiá
Carpes, João Antonio Dib, Luiz Braz, Raul Carrion, José Ismael Heinen,
Bernardino Vendruscolo, Ervino Besson e Adeli Sell manifestaram-se acerca do
assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em prosseguimento, constatada a existência
de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo
Vereador João Bosco Vaz, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente
Sessão. Às quatorze horas e cinqüenta minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinqüenta e dois minutos,
constatada a existência de quórum. A seguir,
o Senhor Presidente comunicou que o Vereador José Ismael Heinen representará
externamente este Legislativo na solenidade de comemoração do Dia da Vitória, a
ser realizada pela Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária
Brasileira, hoje, às dezesseis horas e trinta minutos, no Monumento ao
Expedicionário, no Parque Farroupilha, ocasião em que esse Vereador receberá a
Medalha Marechal Mascarenhas de Moraes. Ainda, foi apregoado o Memorando
nº 012/06, de autoria do Vereador Mario Fraga, informando que reassumirá, a
partir de hoje, o exercício da vereança neste Legislativo, tendo o Senhor
Presidente informado que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e
Justiça. Após, foi iniciado o período
de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do Dia do
Contabilista, nos termos do Requerimento nº 077/06 (Processo nº 2135/06), de
autoria do Vereador João Bosco Vaz. Compuseram a Mesa: o Vereador Dr. Goulart,
Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; os Senhores Carlos Alexandre
Randazo e Marconi Hahan de Souza, respectivamente Presidente e 2º
Vice-Presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre. Em
COMUNICAÇÕES, o Vereador João Bosco Vaz saudou
o transcurso do Dia do Contabilista, afirmando
que essa categoria é fundamental à sobrevivência das empresas no ambiente complexo
apresentado pelo mercado econômico contemporâneo. Também, parabenizou a gestão do Senhor Carlos Alexandre Randazo à
frente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre, declarando que essa entidade tem desenvolvido um trabalho exemplar
na organização e qualificação de seus associados. O Vereador João Carlos Nedel,
citando ser graduado como
Técnico em Contabilidade e Contador, justificou
que esses profissionais hoje são um elo essencial da cadeia econômica e um dos
principais agentes do cenário da administração empresarial moderna. Sobre o assunto, analisou setores onde o Contador
exerce suas atividades, classificando-o
como um trabalhador polivalente, do qual se exige profundo preparo teórico e
prático e constante atualização em termos de técnica e legislação. Em
continuidade, o Senhor Presidente convidou o Vereador João Bosco Vaz para
proceder à entrega, ao Senhor Carlos Alexandre Randazo, de Diploma alusivo à
presente solenidade, concedendo a palavra a Sua Senhoria, que, em nome do
Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre, agradeceu o registro, por este
Legislativo, do transcurso do Dia do Contabilista. Às quinze horas e vinte e
dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quinze horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de quórum. Em
COMUNICAÇÕES, o Vereador Claudio Sebenelo referiu-se à entrevista do Senhor Sílvio Pereira, ex-Secretário do
Partido dos Trabalhadores, publicada ontem no jornal “O Globo”, na qual que é
denunciada a intenção de integrantes desse Partido em arrecadar ilegalmente
recursos no valor de um bilhão de reais. Ainda, criticou a gestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
alegando que o País vive um momento de desesperança frente aos escândalos de
corrupção no âmbito do Governo Federal. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
José Ismael Heinen registrou o
transcurso, hoje, dos sessenta e um anos do término da Segunda Guerra Mundial, historiando a presença, nesse
episódio, de soldados da Força Expedicionária Brasileira. Também, lembrou a aprovação, por esta
Casa, no dia três de maio do corrente, do Projeto de Resolução nº 156/05, que
denomina Soldado Expedicionário Arthur Lourenço Stark o acesso de veículos da
Câmara Municipal de Porto Alegre. O Vereador João Antonio Dib convidou a todos para Sessão Solene a
ser realizada amanhã, às dezessete horas, em homenagem ao Dia das Mães, salientando que essa solenidade
contará com a participação de representantes de diferentes grupos religiosos,
que se manifestarão e proferirão bênçãos aos presentes. Nesse contexto, informou que, em nome da Casa, falará a Vereadora
Manuela d’Ávila e sugeriu que
essa Sessão seja presidida pela Vereadora Margarete Moraes, 2ª Vice-Presidenta
da Mesa Diretora. A seguir, o Vereador Claudio Sebenelo manifestou-se,
informando que estará presente e fará pronunciamento durante a Sessão Solene em
homenagem ao Dia das Mães, a ocorrer amanhã neste Legislativo. Em COMUNICAÇÕES,
o Vereador Ervino Besson citou
declarações efetuadas no dia primeiro deste mês pelo Presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, de que o País atingiu a auto-suficiência na produção de
petróleo. Nesse sentido, classificou
como uma agressão ao Brasil a nacionalização das reservas de gás natural anunciada
pelo Presidente da Bolívia, enfatizando que essa medida foi influenciada pela
Venezuela e não recebeu uma resposta adequada do governo brasileiro. Em
prosseguimento, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do Vereador Raul Carrion,
Líder da Bancada do PCdoB, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
004/96 (Processo nº 0640/96). Após, contatada a existência de quórum deliberativo,
foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Raul Carrion, solicitando que
a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 004/96,
fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Ainda, foi
apregoado Requerimento de autoria do Vereador Raul Carrion, deferido pelo
Senhor Presidente, solicitando votação em destaque da referida Emenda. Também,
foi apregoado o Requerimento nº 084/06 (Processo nº 2414/06), de autoria do Vereador
João Bosco Vaz, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando que no dia vinte e
quatro de maio do corrente seja realizada Sessão Solene nesta Casa para entrega
do Prêmio Dilamar Machado aos Jornalistas que se destacaram na cobertura do
Carnaval de Porto Alegre e ao melhor Presidente de Escola de Samba de cada Grupo,
nos termos da Resolução nº 1.809/04. Na ocasião, o Vereador João Bosco Vaz
manifestou-se, prestando esclarecimentos acerca da outorga, por esta Casa, do
Prêmio Dilamar Machado. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Clênia Maranhão asseverou que os brasileiros passam
por um processo de descrença nas instituições públicas, em grande parte
resultante dos escândalos verificados no País, que comprometem políticos
envolvidos em denúncias de corrupção em órgãos governamentais. Além disso, repudiou decisão judicial
que permitiu ao Jornalista Antonio Pimenta Neves recorrer em liberdade do
julgamento que o condenou pelo assassinato da Senhora Sandra Gomide. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Elói Guimarães comentou denúncias divulgadas na imprensa pelo Senhor Sílvio
Pereira, de envolvimento do Partido dos Trabalhadores em casos de arrecadação irregular
de recursos para uso em campanhas eleitorais. Ainda, avaliou a gestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando posições assumidas por esse
político quanto à nacionalização, promovida pelo governo boliviano, das
reservas de gás natural daquele país. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Carlos
Comassetto defendeu o trabalho
do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente da República, afirmando que o povo brasileiro
reconhece como positiva essa gestão, e contestou
pronunciamentos hoje efetuados nesta Casa, referentes a entrevista concedida
pelo Senhor Sílvio Pereira ao jornal “O Globo”. Igualmente, manifestou-se sobre a Operação Sanguessuga, da Polícia
Federal, que apura o desvio de verbas públicas na área da saúde. A Vereadora
Manuela d'Ávila aprovou o posicionamento manifestado pelo Senhor Luiz Inácio
Lula da Silva, Presidente da República, frente à nacionalização, pela Bolívia,
das reservas de gás natural daquele país, mencionando declarações do Senhor
Francisco Buarque de Holanda sobre o tema. Ainda, sustentou a legitimidade da
medida do governo boliviano, na defesa de seus interesses e frisou que serão
dobrados os investimentos públicos na produção de energia na Bolívia. Na
oportunidade, o Vereador Adeli Sell formulou Requerimento verbal, deferido pelo
Senhor Presidente, solicitando sejam suprimidas das notas taquigráficas as
intervenções anti-regimentais realizadas pelos Vereadores Claudio Sebenelo e
Raul Carrion durante o pronunciamento do Vereador Carlos Comassetto, no dia de
hoje, em Comunicações. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Carlos Todeschini comentou
o empenho da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança
Urbana no reassentamento de famílias das Vilas Dique e Nazaré, previsto no
projeto de ampliação do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Nesse sentido,
contestando informações divulgadas na imprensa sobre essas obras, afirmou que
recursos destinados a essa finalidade não serão utilizados se forem
descumpridos os prazos determinados. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul
Carrion pronunciou-se acerca da participação de Comissões Permanentes desta
Casa na relocação das Vilas Dique e Nazaré, em face da ampliação do Aeroporto
Internacional Salgado Filho. Também, mencionou dificuldades enfrentadas por
moradores das Vilas dos Ferroviários e da Conquista e aludiu a casos de
irregularidades cometidas por políticos do PTB, PFL e PSDB. Em GRANDE
EXPEDIENTE, o Vereador Cassiá Carpes elogiou o gerenciamento das questões
habitacionais pelo Governo Municipal, argumentando que durante os mandatos do
Partido dos Trabalhadores na Prefeitura esses problemas não foram resolvidos.
Além disso, referiu-se às notícias de envolvimento de políticos e empresários
ligados ao Partido dos Trabalhadores em casos de corrupção e cobrou do Governo
Federal melhorias nas áreas de relações exteriores, economia e saúde pública.
Na ocasião, o Vereador Cassiá Carpes formulou Requerimento verbal, solicitando
a retirada de termos constantes no pronunciamento do Vereador Raul Carrion, em
Comunicação de Líder. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Clênia Maranhão
reiterou que o Governo Municipal está concentrando esforços para solucionar o
déficit habitacional da Cidade, historiando o processo de reassentamento de moradores
do entorno do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Nesse contexto, considerou
injustas as críticas ao Governo Municipal nesse aspecto, justificando que, em
dois mil e cinco, o Ministério das Cidades não colaborou com projetos nessa
área em Porto Alegre. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador
Almerindo Filho, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando autorização para
representar externamente este Legislativo, no “I Seminário sobre Reforma Política”,
organizado pelo Instituto Milton Bivar, do dia sete ao dia nove de maio do
corrente, em Recife – PE. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei
divergiu das ações do Governo Municipal na busca de soluções para os problemas
habitacionais de Porto Alegre, protestando contra problemas no reassentamento
das Vilas Dique, Nazaré e dos Ferroviários. Ainda, retorquiu manifestações
contrárias aos Presidentes Evo Morales, Hugo Chávez e Fidel Castro, reiterando
que esses políticos buscam garantir a soberania das nações latino-americanas.
Em prosseguimento, o Senhor Presidente informou que a Senhora Maria da
Conceição Nogueira Pires foi reeleita Presidenta do Clube do Professor Gaúcho.
Em seguida, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o Senhor
Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL ao Vereador Professor Garcia, que relatou
sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, na II Conferência
Nacional do Esporte, realizada do dia quatro ao dia sete de maio do corrente,
em Brasília – DF. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 075/06, o Projeto de Resolução nº 069/06; em
3ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 030/06, discutido
pelos Vereadores João Carlos Nedel, Professor Garcia e João Antonio Dib, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 073, 076/06, este discutido pelo
Vereador João Antonio Dib, e 085/06, discutido pelo Vereador Carlos Todeschini,
o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 189/05, discutido
pelos Vereadores Claudio Sebenelo e Professor Garcia, os Projetos de Resolução
nos 067 e 071/06, este discutido pelos Vereadores João Carlos Nedel,
João Antonio Dib e Carlos Todeschini; em 5ª Sessão, o Projeto de Resolução nº
063/06, discutido pelo Vereador João Carlos Nedel. Na ocasião, foi apregoado o
Substitutivo nº 02, de autoria da Vereadora Margarete Moraes e do Vereador
Haroldo de Souza, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 047/05
(Processo nº 0480/05). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Adeli Sell contestou
o desempenho do Senhor Beto Moesch à frente da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, criticando as condições de conservação das praças e parques de Porto
Alegre e discordando da ocupação desses espaços públicos por moradores de rua.
Nesse sentido, formulou questionamentos em relação a serviços desempenhados
pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, como a poda e o replantio de
árvores. O Vereador Luiz Braz teceu considerações acerca das conseqüências,
para a população brasileira, da nacionalização das reservas de gás natural da
Bolívia, questionando as declarações do Presidente do Brasil de que o aumento
no preço desse combustível não será repassado aos consumidores. Igualmente,
divergiu da política externa praticada pelo Governo Federal, opinando que o
Brasil não tem obtido vantagens em acordos firmados com países latino-americanos.
O Vereador João Bosco Vaz discursou sobre problemas no Governo Federal,
desaprovando a política externa empreendida pelo Brasil e mencionando o
envolvimento de políticos e empresários ligados ao Partido dos Trabalhadores em
casos de corrupção. Da mesma forma, ressaltando que podem existir pessoas mal
intencionadas em qualquer agremiação, afirmou que o Partido dos Trabalhadores
incorreu em práticas desaconselháveis, que sempre foram condenadas por seus
integrantes. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM
DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Dr. Goulart,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia, conforme definido pelo Colégio de Líderes. Em Discussão Geral, 2ª Sessão,
esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/05. Em Discussão Geral e
Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Projetos de Resolução nos
083/05, 001, 003, 004, 006, 007, 010, 013, 018, 047, 049, 053 e 054/06 e os
Projetos de Lei do Legislativo nos 269 e 331/05. Na ocasião, o
Vereador Dr. Goulart afastou-se da presidência dos trabalhos, nos termos do
artigo 22 do Regimento. Em Votação, foram apreciados conjuntamente e aprovados
os Requerimentos nos 117 e 212/05 e 054, 060, 082 e 083/06. Em
continuidade, foram apregoadas as seguintes Emendas, de autoria do Vereador
João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP: de nº 01 ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 016/05 (Processo nº 0350/05) e de nº 01 ao Substitutivo nº 01,
aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 016/05. Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 016/05, o qual, após ser
discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Ibsen Pinheiro, Adeli Sell,
Sebastião Melo e Aldacir Oliboni, teve sua discussão adiada por duas Sessões, a
Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Sebastião Melo. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 020/05, por
vinte e três votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Dr.
Goulart, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco
Vaz, João Carlos Nedel, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario
Fraga, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Professor Garcia, Sebastião Melo,
Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 001/06, por vinte e seis votos SIM,
tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes,
Claudio Sebenelo, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio
Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila,
Neuza Canabarro, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir
Caetano. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do
Legislativo nº 270/05 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Em Discussão Geral e
Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 275/05 e a Emenda nº
01 a ele aposta. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 300/05. Às dezoito horas e cinqüenta minutos, constatada a
inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Mario Fraga, o
Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental.
Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dr. Goulart, Luiz Braz, Haroldo
de Souza, Valdir Caetano e Mario Fraga, este nos termos do artigo 27, parágrafo
único, do Regimento, e secretariados pelo Vereador Haroldo de Souza. Do que eu,
Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que,
após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Passamos à
O
Sr. Júlio Lopes dos Santos, Presidente da Associação dos Engraxates de Porto
Alegre, está com a palavra para tratar de assunto relativo ao Dia do Engraxate,
pelo tempo regimental de 10 minutos.
O SR. JÚLIO LOPES DOS SANTOS: Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal
de Porto Alegre, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Dia do Engraxate
transcorreu no dia 26 último, e agradecemos à Casa por nos dar a oportunidade
de falar sobre o engraxate.
A
Associação dos Engraxates de Porto Alegre foi fundada em novembro de 2001, com
o objetivo de reuni-los em um grupo, conscientizando-os de que devemos nos unir
para melhor reivindicarmos os nossos direitos. Hoje a Associação é composta por
aproximadamente 45 membros, e temos muita vontade de abrir novos postos de
trabalho.
Com
o Banrisul fizemos uma parceria, uniformizamos o pessoal, implantamos cadeiras
novas; ficou tudo mais limpo, mais bonito, todos uniformizados. Os nossos
clientes têm parabenizado a Associação por esses feitos. Porém, desde 2001,
desde a fundação, estamos preocupados, porque temos reivindicado, junto à SMIC,
junto às autoridades, a concessão do nosso alvará e, até agora, não conseguimos
obtê-lo.
Também
hoje nós - os engraxates ali da Praça da Alfândega - temos uma grande
preocupação no sentido de como se encontram as praças, em especial a nossa
praça, de onde tiramos nosso sustento. Hoje a nossa praça está ocupada por
moradores de rua. Não temos nada contra os moradores de rua, mas temos a dizer
que o que eles fazem no nosso local de trabalho nos prejudica. Ali dormem,
comem e fazem as suas necessidades pessoais, prejudicando o nosso trabalho. Por
isso, vimos pedir que as autoridades nos auxiliem, para que o nosso local de
trabalho fique mais limpo. E eu sei que muitos dos senhores e das senhoras
passam por ali e também são os nossos fregueses.
Nós
temos uma grande lista de espera, porém não podemos ampliar os postos de
trabalho, somos impedidos pela SMIC, porque não temos licença. Temos, por
exemplo, como objetivo colocar postos no Centro Administrativo, no Chocolatão,
no Fórum Central, no Moinhos de Vento e em muitas outras áreas. Mas queremos
que tudo seja regulamentado e que todos os engraxates tenham alvará. E até
agora não conseguimos isso. Por isso, estamos pedindo que um Vereador interceda
por nós, que, por intermédio de um Projeto de Lei, consiga o nosso alvará.
Queremos lamentar a morte do companheiro João Estevão ocorrida no dia 15 de
fevereiro. Ele era engraxate com 54 anos de serviço e faleceu sem ter o alvará.
Assim, a Associação pergunta: “Será que morreremos, também, sem ter o nosso
alvará?”
E
estamos preocupados com o Monumenta. Há um Projeto, nós sabemos, de modificação
da Praça, de embelezamento, Projeto que nós recebemos com muita satisfação.
Sabemos que isso vai gerar melhor renda para nós, porque a Praça vai ficar mais
bonita. Só que nós, engraxates, até agora não fomos chamados para nenhuma
reunião e sabemos que o Projeto já está quase pronto. Estamos lamentando essa
falha e gostaríamos que o Projeto Monumenta nos contatasse, pois gostaríamos
também de participar.
Queremos
agradecer ao Ver. Adeli Sell pelo seu apoio, pois, junto com o DMLU, fizemos
uma limpeza geral há duas semanas, o DMLU nos apoiou, fizemos uma lavagem
daquele espaço, também foram retirados os moradores de rua, mas eles continuam
retornando, continuam fazendo as mesmas coisas, ou seja, limitando o nosso
trabalho - defecando, cozinhando, fazendo todas as coisas ali. Então, essa é a
nossa preocupação. Nós queremos lembrar-lhe, então, a respeito do nosso alvará,
da limpeza da Praça da Alfândega, do nosso local de trabalho, e queremos uma
melhor abertura com o Monumenta, que o Monumenta também nos chame para uma
reunião para vermos como vai ficar a situação dos engraxates da Praça da
Alfândega.
Por
fim, agradeço o espaço que a Casa nos dá hoje. Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, quero saudar o Presidente da
Associação dos Engraxates. Eu acho que esta é uma oportunidade muito boa para
se debater a questão, pois essa atividade gera emprego e é uma profissão fácil.
Eu lembro que certa vez tentei entrar com um Projeto no sentido de tirar os
menores da rua, mas, como menores não podem trabalhar, fiquei impossibilitado
de apresentar o Projeto. Estamos buscando alternativas. Entendo que, se
tirarmos um menor da rua na
parte da manhã, fazendo com que ele estude à tarde; se tirarmos um menor da rua
na parte da tarde, fazendo com que ele estude pela manhã, com uma grande
parceria e um convênio com a Secretaria da Educação, nós vamos, naturalmente,
dar educação e fazer aquilo que vocês fazem: levar aquele dinheirinho para
casa, fruto de um trabalho honesto, correto, padronizado.
Proponho,
Sr. Presidente da Associação, que V. Sª venha à Comissão de Direitos Humanos e
do Consumidor - e vamos marcar -, para que possamos tratar essa questão com a
SMIC e começar a abrir campos de ação, porque essa é uma profissão muito boa,
que vai dar muitos empregos, é uma mão de obra não-qualificada, já que se aprende
fácil. Eu até entreguei à FASC, quando Secretário da SMOV, um Projeto e uma
caixa de engraxate que a SMOV faz. Espero que possamos contornar essa questão
do menor, haverá uma grande oportunidade de debater isso na Casa. Vamos fazer,
com a presença de V. Sa., uma reunião na Comissão de Direitos Humanos e Defesa
do Consumidor, com a presença da SMIC, e vamos traçar um plano de ação para
valorizar a sua profissão. Obrigado pela sua presença aqui.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Vereador. O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, quero saudar o Sr. Júlio Lopes dos Santos,
Presidente da Associação dos Engraxates de Porto Alegre, e dizer que a função
que V. Sª exerce é muito importante. Realmente a Prefeitura deveria dar muito
mais atenção, mas, organizados como estão agora, em forma de associação - e já
são cinco anos -, acho que terão muito mais força para reivindicar. Quero
lembrar que a Prefeitura, no passado, quando existia o Movimento Assistencial
de Porto Alegre, tratava dos menores de rua, dando-lhes as condições de
engraxar sapatos, e hoje eles são cidadãos bastante úteis à nossa sociedade.
Quero
também lembrar a V. Sa. que tive a satisfação de ser Vereador - assim como o
Ver. Ibsen Pinheiro e Ver. Elói Guimarães - com o Bagé, um engraxate que,
durante seis anos, fez belíssimos discursos nesta Casa.
Portanto
receba a saudação do Partido Progressista, do Ver. João Carlos Nedel e da Verª
Mônica Leal, e o desejo de que a SMIC não fique apenas, como no passado
ocorreu, na vontade de doar; acho que tem que haver assistência aos senhores,
sim, porque prestam um serviço muito importante, e não prejudica ninguém, em
lugar nenhum, a colocação de um engraxate. Sucesso na sua caminhada, quer seja
na Comissão de Direitos Humanos ou por intermédio da Presidência da Casa, onde for.
Sucesso! Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, queremos primeiramente saudar o Sr. Júlio Lopes dos Santos,
Presidente da Associação dos Engraxates de Porto Alegre. Se há uma Secretaria a
que todos os Vereadores - tanto faz, se da situação ou da oposição - tem livre
acesso, é a SMIC. O Secretário Idenir Cecchin está sempre bem disposto a
atender todos os Srs. Vereadores.
Eu acho que as reivindicações feitas pelo senhor
são fáceis de serem atendidas. Primeiramente, nós já temos uma legislação na
Cidade, feita por nós, neste Plenário, há algum tempo, sobre a regulamentação
das casas para os consertadores de sapatos. E eu acredito que, nessa mesma
legislação, poderia se incluir, tranqüilamente, a regulamentação da profissão
de engraxates. Eu penso que uma coisa está muito ligada a outra, e nós
poderíamos colocar as duas profissões numa só lei. Eu tenho certeza absoluta de
que o Sr. Idenir Cecchin não ia se furtar de receber o senhor e os seus
representantes. Encarrego-me, inclusive, de ser intermediário junto com outros
Vereadores da Casa para que essa situação possa, realmente, ser bem
encaminhada.
Vossa Senhoria tocou num ponto que eu acredito que
seja crucial, que vem de muito tempo, que é o abandono das praças. Vossa
Senhoria falou na Praça da Alfândega, mas essa não é a única praça que está
completamente abandonada, e isso não é de hoje, já é de bastante tempo. Há a
Praça da Matriz, que está em um grande abandono, e não é de hoje. Eu acredito
que os companheiros, aqui, do Partido dos Trabalhadores, durante esses 16 anos,
pouco fizeram para que essas praças pudessem realmente receber um melhor
tratamento.
Eu acho que isso não é uma questão partidária, é
uma questão de voltarmos às nossas vistas para aquilo que realmente precisamos
fazer de bem para uma categoria na Cidade. Creio que vocês merecem - a essas
alturas dos acontecimentos - a atenção de todos os Vereadores da Casa, não
apenas de um segmento ou de um Partido; merecem a atenção de todos os
Vereadores. Eu me coloco à disposição de Vossa Senhoria e também de seus
companheiros para encaminhar os seus pleitos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador. O Ver. Raul Carrion está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O SR. RAUL CARRION: A nossa
saudação ao amigo Júlio Lopes dos Santos, Presidente da Associação dos
Engraxates de Porto Alegre, em primeiro lugar pelo dia dedicado a essa
categoria, como já foi dito, uma proposta de um Vereador desta Casa que muito
nos honrou: o Ver. Bagé.
O Júlio é ex-metalúrgico, participa ativamente da
Associação dos Moradores do Centro, em que é membro do Conselho Deliberativo.
Participou do Orçamento Participativo e de todas as atividades que nós,
enquanto Presidente da CUTHAB, Sr. Presidente, fizemos sobre a revitalização do
Centro. Recordo que ele nos trouxe essa preocupação, e nós aqui, neste
plenário, junto com os representantes do Monumenta, levantamos a preocupação,
porque se falava, à boca pequena, que os engraxates seriam retirados da Praça
da Alfândega, e solicitamos que voltasse a funcionar o Fórum das Entidades que
discutia a questão do Centro da Cidade. Infelizmente, passado um ano e meio do
novo Governo, até hoje, Sr. Júlio, não só a Associação dos Engraxates, como
nenhuma entidade que participava do Fórum para tratar a revitalização do Centro
foi chamada, porque esse Fórum deixou de existir, e o assunto está sendo
discutido somente em nível fechado do Governo.
Por isso, nós nos somamos à sua demanda e achamos,
Ver. Dr. Goulart, que esta Casa, inclusive onde a CUTHAB tem assento, deve
solicitar que a Prefeitura retome essa discussão, porque a revitalização do
Centro não pode ser um problema só do Executivo, é um problema da sociedade, é
um problema desta Casa.
Também compartilhamos da preocupação quanto à falta
de uma política para os moradores de rua desta Cidade. Eles são deixados, como
se diz, à sua própria sorte e, então, vão ocupar as praças. O problema não é
ser contra eles, V. Sa. disse muito bem, mas devemos encontrar uma saída, para
que as praças sejam apropriadas pelo povo. A praça, já dizia Castro Alves, é do
povo, como o céu é do condor.
Para concluir, queremos também nos solidarizar ao
pedido de novas vagas, e acho boa a proposta do Ver. Cássia Carpes e do Ver.
Todeschini, Presidente da CEDECONDH, de fazermos uma reunião, já que é uma
Comissão que trata do consumidor, e vocês trabalham com o consumidor. Parabéns
e boa luta à brava categoria dos engraxates! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr.
Presidente; Sr. Júlio Lopes dos Santos, Presidente da Associação dos Engraxates
de Porto Alegre; em nome do Partido da Frente Liberal, quero me dirigir a V. Sª
e dizer que estou espantado por essa profissão não ter até hoje, pelo que
entendi, direito à alvará. Está tramitando na Casa um Projeto para alvarás provisórios, porque entendemos que todo o
cidadão de Porto Alegre tem direito de ser cidadão legal. E está entre o
cidadão legal, com certeza, essa profissão nobre, e nós nascemos aprendendo a
gostar dos engraxates, que fazem, ao vivo, a história das nossas praças, da
vida das nossas cidades. Vocês têm o nosso carinho e o nosso respeito. Eu tenho
a certeza do direito de os senhores terem o alvará. Então, podem contar com a
colaboração deste modesto Vereador naquilo que for preciso para ajudar vocês a
resolver essa situação, que é um problema crucial para a nossa Cidade e para os
cidadãos, como são os senhores dessa nobre profissão. O meu muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Revisado
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO:
Sr. Presidente, quero saudar o Júlio e dizer que falo em nome dos Vereadores
Ibsen Pinheiro, Sebastião Melo e Haroldo de Souza. Como Vereador da Bancada do
PMDB, vamos conversar com o nosso Secretário Idenir Cecchin, que é do PMDB,
para ver o que é possível fazer. Mas quero endossar tudo o que foi dito aqui e
aproveitar, Sr. Presidente, para convidar o Júlio a reivindicar, junto a esta
Casa, um posto de trabalho, pois aqui nós não temos um local para engraxar os
sapatos. Então, já aproveito para pedir um posto de trabalho para o nosso
Presidente! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Embora já tenhamos um engraxate, agradeço, Excelência.
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ERVINO BESSON: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; Sr. Júlio Lopes,
Presidente da Associação dos Engraxates do Rio Grande do Sul; em nome da
Bancada do PDT - da Verª Neuza Canabarro, do Ver. Nereu D’Avila, do Ver. Mario
Fraga, do Ver. Márcio Bins Ely, do Ver. João Bosco Vaz -, quero saudá-lo pelo
dia de hoje. Aproveito a oportunidade, também, para saudar a comunidade da Vila
dos Comerciários, que se encontra conosco aqui nas galerias.
Meu
caro Júlio Lopes, V. Sª traz um assunto extremamente importante a esta Casa; se
há um serviço honrado, é o de vocês. Inclusive, eu era cliente de um engraxate
que faleceu, do qual não me recordo o nome, ele tinha um defeito físico, era um
grande homem, sempre alegre, sempre nos atendendo com aquela fidalguia, com
aquela delicadeza que Deus lhe deu! Hoje, eu tenho certeza de que ele ocupa um
lugar muito bom com o nosso Protetor lá de cima.
Mas
eu estranhei que V. Sª está aqui no plenário a convite do Ver. Adeli Sell,
nosso estimado colega. Pergunto: quando ele foi Secretário, por que não liberou
o alvará para vocês? Ele deveria ter feito esse trabalho, não é? E hoje ele
traz V. Sª aqui neste plenário.
Fica
aqui o nosso abraço, a nossa consideração, e o senhor pode contar sempre com o
apoio da Bancada do PDT. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Muito
obrigado, Excelência. O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art.
206 do Regimento.
O SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, meu caro Júlio, eu vou falar com o Ver. Bosco, que foi quem me
perguntou, porque a essa provocação que foi feita pelo Ver. Besson eu não vou
responder. Eu fui um Secretário que teve humildade de sentar com todos os
setores da Cidade para tentar regularizar. E o alvará provisório foi
instituído, sim, por uma Medida Provisória, e não é culpa minha se um Promotor
entrou com uma ação e cassou os alvarás provisórios em Porto Alegre. Então, nós
temos que discutir, sim, sobre algumas pessoas do Ministério Público, alguns
juízes desta Capital, que dão liminares a torto e a direito como se comprassem
pirulitos na bodega da esquina. A questão dos alvarás é muito mais complexa, é
uma discussão que se arrasta há muito tempo.
Eu fui por quinze meses, apenas, Secretário.
Abrimos um estudo, e eu tenho um Parecer. Dialoguei agora com o Secretário
Cecchin, e ele mandou rever esse Parecer. A idéia é de que os engraxates -
porque eles tinham apenas um alvará como “ambulante”, que significa ambular,
deslocar-se, e, como na Praça XV, também existem os ambulantes que têm alvará
-, por similitude, recebam alvará. Agora, isso não caiu do céu, Ver. Besson,
não caiu do céu! Vossa Excelência sabe que eu atendi a todos e a todas.
Hoje, o povo se queixa que não consegue discutir
com alguns setores. A Praça da Alfândega, por exemplo, foi limpa pelo DMLU, não
pela SMAM, do ex-Secretário Beto Moesch, que xingava toda a Prefeitura no ano
passado, ou no ano anterior, quando era Vereador. A Praça da Alfândega e a
Praça da Matriz quem limpou foi o DMLU, não foi o Secretário Beto Moesch.
Então, vamos fazer justiça, porque, quando as pessoas fazem as coisas certas na
Prefeitura, eu elogio. Portanto, com divergência ou sem divergência, eu tenho
que creditar a limpeza desses lugares ao Dr. Garipô Selistre, ao DMLU.
Eu fiz uma articulação com toda a região, inclusive
o pessoal do Shopping está
disposto a ajudar o DMLU; sexta-feira eu fiz uma reunião com os funcionários do
DMLU lá, e há toda a guarida e ajuda. Pena que o Ver. Beto Moesch xingue todo o
mundo, brigue com todo o mundo e não dialogue com ninguém. É uma diferença! Mas
isso o pessoal tem que resolver dentro do Governo, não é um problema meu.
Eu queria elogiar, portanto, o nosso amigo Júlio,
nós temos que retomar a discussão do Projeto Monumenta, temos que ter soluções,
sim, para a Praça da Alfândega, dialogando, como tem que ser feito aqui nesta
Casa. Porque sou daqueles, Vereador, que sabem reconhecer, Ver. Braz, quando as
pessoas fazem algo, diferentemente de algumas pessoas que não têm essa
capacidade de reconhecer. Inclusive eu reconheço que, em 15 meses, não pude
fazer algumas coisas que gostaria de ter feito, gostaria de ter sido mais
severo em algumas questões, por exemplo, contra algumas casas noturnas, mas
havia gente muito bem aquinhoada, com muitas relações, inclusive na Justiça
desta Cidade. Mas eu falo, eu não tenho medo e, muito menos, covardia.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência. Não há mais Bancadas inscritas.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ
(Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da ordem dos
trabalhos, para que possamos, imediatamente, entrar no período das Comunicações
para a homenagem aos contabilistas. Conto com o apoio deste Plenário.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. João
Bosco Vaz. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Esta Presidência cumprimenta o Presidente da
Associação dos Engraxates de Porto Alegre, Sr. Júlio Lopes dos Santos, dizendo
que esta Casa, através de seus Vereadores e, principalmente, das suas
Comissões, está à disposição para encaminharmos o pleito que V. Sª nos traz.
Então nos visite, vá aos gabinetes, vá às Comissões, e poderemos nos irmanar
nessa luta que é justa e necessária. Muito obrigado pela sua presença. Está
encerra a Tribuna Popular.
Estão suspensos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h50min.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 14h52min): Estão reabertos os trabalhos.
Apregoamos que o Ver. José Ismael Heinen está em representação externa da Casa na solenidade da Associação Nacional dos Veteranos da FEB, cujo Conselho Deliberativo, por indicação da Regional, concedeu-lhe a Medalha Marechal Mascarenhas de Moraes por relevantes préstimos à Associação e aos febianos.
Também
anunciamos a posse do Ver. Mario Fraga, que teve breve passagem - passagem
relâmpago! - pela Secretaria de Esportes e que, como todo o relâmpago
brilhante, reluzente, retoma a sua verdadeira missão, que é o trabalho frente
às comunidades de maneira mais geral, na cidade de Porto Alegre,
especificamente na Zona Sul, pelo que o cumprimento como correligionário, como
colega e admirador. Seja bem-vindo às lides do nosso Plenário, Ver. Mario
Fraga.
Passamos
às
Hoje
este período é destinado a assinalar o transcurso do Dia do Contabilista, nos
termos do Requerimento de autoria do Ver. João Bosco Vaz. Convidamos para compor
a Mesa: o Sr. Carlos Alexandre Randazo, Presidente do Sindicato dos
Contabilistas de Porto Alegre, e o Sr. Marcone Hahan de Souza, Vice-Presidente
do Sindicato dos Contabilistas.
O
Ver. João Bosco Vaz, proponente desta homenagem, está com a palavra.
O
SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Carlos Alexandre Randazo, Presidente do Sindicato
dos Contabilistas de Porto Alegre; Marcone Hahan de Souza, 2º Vice-Presidente
do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores;
senhoras e senhores; representantes do Sindicato dos Contabilistas aqui
presentes: Liziane Moresco, Cibele do Carmo, Eonara Guerra, Ibraim Houssen,
Aldo Machado, Vilson Alves, Ricardo Máglea, Egidio Máglea; Ver. João Carlos
Nedel, que também faz parte dessa categoria; jornalista, colega Milton Gérson,
que faz a assessoria brilhante da categoria.
Queria
lembrar também, Sr. Presidente, nossos homenageados, a figura do Ver. Isaac
Ainhorn, que é o Vereador que sempre presta e reconhece o trabalho dessa
categoria no dia 26 de abril, Dia do Contabilista. Hoje o Ver. Isaac desenvolve
com competência as funções de Secretário de Planejamento de Porto Alegre, e eu,
com muito orgulho, posso substituí-lo aqui, numa homenagem a uma categoria
brilhante, a uma categoria importante sob o ponto de vista de desenvolvimento
da sociedade, uma categoria com credibilidade na sociedade, uma categoria que
gera empregos, que gera segurança à população, acima de tudo, pelo trabalho que
é desenvolvido.
Neste
momento em que lembramos o Dia do Contabilista, é preciso também lembrar o
patrono dos contabilistas, o Senador João de Lira Tavares, um homem que, como
poucos, lutou pelo desenvolvimento da categoria, para a solidariedade da
categoria. E desde lá detrás, da década de 30, depois década de 40, as
entidades vieram se sucedendo até chegarem ao forte Sindicato que hoje
representa a categoria em Porto Alegre. São aproximadamente quinze mil
contabilistas que representam a dignidade e o trabalho de que a sociedade tanto
necessita; sempre que necessário, entrega-se a esses profissionais competentes
o trabalho a ser desenvolvido nessa área.
Eu
estava falando há pouco com o Ver. João Carlos Nedel, que faz parte da
categoria e que é um Vereador que também defende todos os senhores e as
senhoras nesta Casa, é um profissional que dignifica, Ver. Nedel, a sua
categoria, um homem que representa parte da sociedade nesta Casa, que sabe das
dificuldades não só dos contabilistas, mas também de todas as profissões. Todos
nós - eu como jornalista, o senhor como contabilista, os advogados - sabemos
das dificuldades que temos para nos posicionarmos na sociedade, frente a essa
grande disputa no mercado de trabalho. Eu sempre digo que, na situação em que
estamos vivendo, a gente nem sabe mais se o nosso melhor amigo é o nosso melhor
amigo, se o nosso vizinho de porta ainda é aquele vizinho legal, porque todos
estamos em busca sempre de um lugar melhor, de um trabalho melhor, para
podermos dar uma melhor qualidade de vida aos nossos familiares.
Então,
precisamos valorizar essas profissões, às quais a sociedade deve muito. Por
isso estamos usando este espaço do período de Comunicações para reconhecer o
trabalho profissional e também reconhecer o aspecto pessoal da categoria dos
contabilistas. Quero dizer ao Presidente do Sindicato, que tem 1.600
associados, que é uma batalha. A gente sabe o quanto é difícil fazer
sindicalismo, o quanto é difícil convencer os companheiros e colegas - não é
verdade? - de que, para criticar e para sugerir, é preciso fazer parte, é
preciso se associar, é preciso ajudar na construção de um sindicato forte e
atuante. Mas é preciso participar. Criticar de fora é muito fácil. Sugerir de
fora é muito fácil. É preciso estar junto. Eu falo isso porque já fui
Presidente da Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos, sei da dificuldade.
A gente inicia o mandato com dez, doze numa diretoria, e acaba o Presidente,
muitas vezes, só com o Tesoureiro e recebendo críticas de pouca construção.
O
Sr. Raul Carrion: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Rapidamente, quero parabenizar o
Ver. João Bosco Vaz, o Ver. Isaac Ainhorn, principalmente o Presidente e o 2º
Vice-Presidente do Sindicato. Estou usando o aparte porque nós não estamos hoje
inscritos em Comunicações, mas, como historiador, vou falar de um fato que
aprendi: a escrita e a matemática, Ver. Dr. Goulart, surgiram nas primeiras
civilizações, em torno da contabilidade da riqueza dos soberanos e dos Estados
de então. Os primeiros passos na escrita humana estão ligados à contabilidade.
Então,
parabéns, no Dia do Contabilista, a essa grande categoria, tão indispensável
desde o início da civilização. Aliás, a história começou com a escrita,
portanto começou com a contabilidade. Muito obrigado.
O
Sr. Mario Fraga: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Bosco, Sr. Presidente
Dr. Goulart, Presidente do Sindicato, Vice-Presidente, queria dar os parabéns
ao Ver. João Bosco, Ver. Dr. Goulart, em nome da nossa Bancada. A Bancada do
PDT, composta por seis Vereadores, soma-se à sua homenagem e dá os parabéns a
V. Exª e ao Sindicato dos Contabilistas. Meus parabéns, Ver. João Bosco Vaz.
O
SR. JOÃO BOSCO VAZ:
Obrigado, Ver. Mario Fraga.
O
Sr. Professor Garcia: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Bosco Vaz, parabéns
por esta iniciativa. Quero também parabenizar o Sindicato, por meio do Carlos
Alexandre, e dizer do convite que recebemos. Estivemos lá também, no jantar na
Galeteria Bambino. Cada vez mais temos de valorizar e prestigiar as nossas
categorias devidamente regulamentadas. Essa é uma das grandes profissões do
nosso País. Parabéns ao Sindicato.
O
Sr. Bernardino Vendruscolo:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pela oportunidade.
Eu tenho a impressão de que, no passado, o contador era contratado por uma
exigência legal. Hoje, as empresas contratam por sobrevivência. Os nossos
cumprimentos a vocês todos. Bom trabalho.
O
SR. JOÃO BOSCO VAZ: Eu
quero agradecer aos Vereadores que participaram com apartes nesta homenagem.
Teríamos muitas palavras elogiosas ainda, mas o tempo urge, a campainha já
tocou, e outros Vereadores querem se pronunciar. Mais uma vez, parabéns,
sucesso; que o Sindicato continue atuante, com grandes profissionais. E mais
uma vez quero lembrar aqui a figura do Ver. Isaac Ainhorn, que convidei para
estar aqui, entretanto, como ele tinha uma reunião com o Sr. Prefeito, não pôde
comparecer. Mas nós estamos aqui de coração para fazer esta singela homenagem,
mas é de coração, a todos. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador.
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações, por cedência de
tempo do Ver. Carlos Todeschini.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes de Mesa e demais
presentes.) Ver. João Bosco Vaz, autor desta proposição, agradeço as palavras
elogiosas que aqui proferiu. Orgulho-me de integrar a classe contábil do nosso
Estado, como técnico em contabilidade e como contador que sou. Essa profissão,
em sua evolução histórica, se tornou, no meu entendimento, uma das mais
importantes do Brasil, pois, na atualidade, um número cada vez maior de
contadores, de técnicos em contabilidade - os contabilistas, como são chamados
- exercem papel destacado e essencial nas organizações, seja participando
diretamente da gestão, seja como consultores internos, ou mesmo como analistas
de negócios.
O
profissional da contabilidade do terceiro milênio apresenta um perfil
profissional totalmente diferente do tradicional, sendo hoje um elo fundamental
na cadeia de modernidade, em constante busca da eficiência e da qualidade
organizacional. Trata-se de um profissional polivalente, que tanto
pode ser responsável pelo desenvolvimento da arquitetura de sistema de
informações aos usuários internos e externos de uma empresa, como realizar
trabalhos de perícias, auditorias internas e externas, controladoria,
planejamento tributário e consultoria. Ele passou, assim, a ser um dos
principais agentes protagonistas do cenário da administração empresarial no
Brasil.
Olhando-se, meu caro Randazo, o cenário
político-administrativo atual, quando as denúncias de corrupção se multiplicam
e se comprovam, é de se perguntar se muitos desses problemas não teriam sido
evitados se os responsáveis pela verificação das contas públicas fossem todos,
obrigatoriamente, contabilistas. Acredito, sinceramente, que o panorama seria
bem outro.
Eu gostaria de perguntar qual é a participação dos
contabilistas na política, pois eles entendem de leis, de orçamentos, de
auditoria, de perícia e de fiscalização. Qual é a nossa participação nos
Tribunais de Contas, na Controladoria-Geral da União, nos Parlamentos, nos
Ministérios, nas Secretarias, na fiscalização do cumprimento da Lei de
Responsabilidade Fiscal? Quando os contabilistas foram chamados para a
elaboração dos planos dos governantes? Quando? Na atual conjuntura, deveríamos
estar entre os principais agentes protagonistas no cenário da Administração
Pública e da administração privada do Brasil, participando na elaboração,
interpretação e aplicação das leis tributárias, dos planos de Governo e dos
orçamentos, por exemplo.
O Sr. Elói Guimarães: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, cumprimento aqui
V. Exª também, posto ser contador, no sentido de nesta manifestação averbar à
fala de V. Exª a saudação do meu Partido, do Partido Trabalhista Brasileiro, a
essa importante atividade de ofício, que vem lá do guarda-livros - ali começa a
se processar, historicamente, toda a evolução dessa atividade fundamental às
atividades econômicas, comerciais,
que é a atividade do contador, enfim, do contabilista. Portanto, no Dia do
Contabilista, recebam as nossas saudações.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Obrigado,
Vereador.
Eu
queria dizer, para completar, Sr. Presidente, que é preciso que nós -
contabilistas, técnicos, contadores - nos disponhamos a uma participação direta
em tudo isso, do outro lado da mesa, sim, vivendo, Randazo, a atividade
política como uma das importantes formas de contribuição da nossa categoria ao
bem comum. Pois o bem comum não é um objetivo exclusivo da política, e sim de
toda a sociedade. E a sua realização deve ser o compromisso de todo o cidadão
ou organização socialmente responsável.
Finalizo,
cumprimentando o Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre, especialmente o
seu Presidente Randazo e o seu Vice-Presidente Marcone, pelo Dia do
Contabilista, em nome da Bancada do Partido Progressista, constituída por este
Vereador, pelo Ver. João Antonio Dib e pela Verª Mônica Leal. Meus parabéns.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
Convidamos
o Ver. João Bosco Vaz a proceder à entrega do Diploma, que marcará esta
solenidade.
(Procede-se
à entrega do Diploma.) (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Ver. João Bosco Vaz.
Neste
momento, convidamos o Presidente do Sindicato dos Contabilistas, Carlos
Alexandre Randazo, a fazer uso da palavra.
O
SR. CARLOS ALEXANDRE RANDAZO: Exmo.
Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Dr. Goulart; Vereador
proponente desta homenagem, Sr. João Bosco Vaz; vejo aqui alguns que nós
conhecemos, como o Ver. Professor Garcia, Ver. Adeli Sell, Ver. João Carlos
Nedel; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, demais autoridades presentes,
senhores representantes da imprensa, senhoras e senhores, é com muita honra que
eu, Carlos Alexandre Randazo, Presidente do Sindicato dos Contabilistas de
Porto Alegre, venho representar a nossa categoria neste espaço, na Casa
Legislativa do Município de Porto Alegre. Quero agradecer de antemão a
iniciativa do Ver. João Bosco Vaz, que nos possibilitou falar um pouco da nossa
área de atuação, a área contábil.
É
importante que a sociedade conheça e valorize cada setor social que contribui
para o enriquecimento do nosso País. Um exemplo da importância do nosso
trabalho é o fato de que a nossa categoria é a sentinela da Lei de
Responsabilidade Fiscal, que incide sobre a Administração Pública. O
contabilista é o profissional que identifica e visa os limites do equilíbrio e
das contas públicas, um guardião da saúde patrimonial do ente público. Por mais
organizados que sejam as pessoas físicas e jurídicas, só um especialista é
capaz de traduzir em soluções práticas o complexo universo fiscal da vida
moderna.
A
origem da nossa profissão é muito remota e está ligada à necessidade de
registro dos bens, direitos e obrigações da humanidade. Há indícios de que as
primeiras cidades comerciais eram dos fenícios, e lá já encontrávamos escriturações
contábeis. Existem registros de escriturações desde a época da Babilônia
antiga. Um escriba egípcio chegou a contabilizar os negócios efetuados pelo
Governo de seu país no ano de 2000 a.C. Já, em nosso País, a organização e
qualificação profissional remonta desde o Brasil Colônia. Já nos idos de 1754,
o Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do futuro Marquês do
Pombal, defendia a formação profissional do contador, isto é, há mais de 250
anos. Mas somente em 25 de abril de 1926 foi, solenemente, proclamada a nossa
classe, quando o Senador João Lyra, ao agradecer as homenagens que lhes
prestavam os profissionais de contabilidade de São Paulo, pronunciou:
“Trabalhemos, pois, bem unidos e tão convencidos do nosso triunfo, desde já consideraremos
o dia 25 de abril o Dia dos Contabilistas Brasileiros”. Nessa oportunidade é
que foi solenemente proclamada a classe dos contabilistas brasileiros, tornando
o Senador João Lyra o nosso patrono solene.
E
foi a partir de idealizadores como aqueles que, em 1943, foi fundado aqui em
Porto Alegre o Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre, uma entidade que
representa mais de onze mil profissionais regulamentados.
A
oportunidade de estar aqui falando para as senhoras, falando para os senhores
sobre a categoria profissional dos contabilistas é para nós muito importante.
Importante pelo caráter simbólico da razão que nos reúne: a passagem do dia 25,
Dia do Contabilista Brasileiro. E reunião pode ser o ponto de partida da nossa
intervenção nesta tribuna. Tenho certeza de que juntos - profissionais,
entidades e Poder Público - faremos um trabalho ainda melhor para a saúde
contábil de nosso País.
É
pensando no futuro que devemos estar atentos às necessidades urgentes dos
contabilistas. Nós, do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre, somos
depositários fiéis de confidências naturais de nossos filiados, associados e
familiares. Distinguimos crescente frustração decorrente do acúmulo sucessivo
de desdobramento da legislação. Acontece que a queixa se dá pela disfunção sem
contrapartida, na qual somos cobrados como se fôssemos agentes fazendários. O
que acontece é uma corrida insana na tentativa de cumprir compromissos cada vez
mais impossíveis. Sentimo-nos impotentes perante a avalanche de obrigações fiscais.
Somos o marisco entre a rocha e o mar. A rocha é o nosso cliente, que
desconhece a legislação, entendendo que a lógica persiste sobre o Sistema
Tributário Nacional, o qual sabemos que é de caráter eminentemente
arrecadatório. E o mar é o Poder Público, que gera a legislação mutante que nos
aprisiona à frente das injustiças, da burocracia legal. Mas o sistema contábil
é dinâmico e evolui junto com a sociedade. Para isso é importante a
participação do Poder Público e do universo dos contabilistas para encontrarmos
soluções que tenham o apoio da legislação para a nossa atividade.
Éramos,
senhores, três mil e quinhentos profissionais da área contábil no Brasil
naquele encontro ocorrido em 25 de abril de 1926, encontro que deu origem ao
dia comemorativo. Hoje somos mais de onze mil somente em Porto Alegre e mais de
trinta e cinco mil profissionais no Estado do Rio Grande do Sul, isso sem
contar com nossos funcionários e nossos familiares. Façam as contas, senhores,
e vejam o universo de contribuintes que representamos e que reclamam por
auxílio.
Em
Porto Alegre, os nossos Vereadores podem fazer a sua parte para auxiliar esse
universo de profissionais, a exemplo de outras categorias menos representativas
que obtiveram a redução do ISS; estamos, nós, contabilistas, a clamar pela
atenção dos senhores e senhoras parlamentares. Temos depositado nos senhores e
senhoras, que nos representam nesta Casa, a esperança de que possamos, também,
receber esse benefício, que nada mais será do que o reconhecimento de nossa atividade,
e, com menos índices de impostos, maior será a base de arrecadação e,
conseqüentemente, maior a receita aos cofres municipais.
Sem
esquecer que é o contabilista o profissional que apura o imposto e que gera a
guia de pagamento para a grande massa de contribuintes deste Município.
Precisamos
evitar o êxodo profissional, até porque profissionais se deslocam para as
cidades vizinhas a fim de escapar da carga tributária à qual somos submetidos.
Que
Porto Alegre faça a sua parte, pois nós, contabilistas, estamos buscando a
união da nossa categoria para contribuir e fazer o que nos cabe pelo
desenvolvimento desta maravilhosa cidade, que nos acolhe.
Eu,
Carlos Alexandre Randazo, Presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto
Alegre, quero agradecer a oportunidade dispensada por esta Câmara para fazermos
uso da palavra em homenagem ao Dia dos Contabilistas Brasileiros, dia 25 de
abril; sem esquecer do Ver. João Bosco Vaz, pela iniciativa da União da
Juventude com os profissionais da contabilidade. Agradecemos também aos Srs.
Vereadores e às Sras. Vereadoras a oportunidade tão importante de podermos
estar aqui hoje. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Anotamos a importância da indicação do
Ver. João Bosco Vaz e também queremos reverenciar o nosso Secretário Isaac
Ainhorn, que sempre se ocupava desse tema.
Queremos
também assinalar a importância dos contabilistas, passando, talvez, desde antes
dos fenícios, talvez desde a época dos sumérios, quando começaram as primeiras
escritas, e o homem precisou registrar os seus excedentes. Passando mais adiante,
pela era romântica dos guarda-livros, que a gente, em tantos filmes, em tantos
livros, gostou da imagem, uma vez que quase sempre se casavam com a filha do
dono da firma, quando conheciam todo o movimento das firmas. Como era
romântico, como era bonito.
E agora não posso deixar de reverenciar aqui, na
nossa Câmara, quem zela tanto pela Lei de Responsabilidade Fiscal: o meu
Diretor Financeiro, Dr. Carlos Alberto Begnis, e a não menos competente Drª
Marta, que trabalhou tão bem com o Ver. Elói Guimarães e que, agora, me traz
uma verdadeira tranqüilidade, de verdadeiros anjos da guarda, uma vez que os
nossos gastos com recursos humanos fazem nossa folha beirar os 69,4%. Que
importância têm esses funcionários para nós! Dia 25 de abril, Dia do
Contabilista, mês melhor não poderia haver, porque como nós corremos - todos -
atrás dos nossos contadores para trabalhar em cima do nosso Imposto de Renda,
justamente entregue no dia 29, 30 de abril.
Então, cumprimentamos os contabilistas
representantes, que aqui estão, dizendo que esta Casa está atenta, e vamos nos
mobilizar para o pleito do INSS, tão necessário para essa categoria tão grande
e tão importante. Muito obrigado, senhoras e senhores.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h22min.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 15h25min): Estão reabertos os trabalhos. O Ver. Claudio Sebenelo está
com a palavra em Comunicações.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, evidentemente o assunto que tomou conta de
todos os semanários brasileiros, do rádio e da televisão no dia de hoje está
ligado às denúncias feitas pelo ex-Secretário do Partido dos Trabalhos, Silvio
Pereira, mais conhecido como Silvio “Land Rover”, que voltou às manchetes não
como um político de oposição, mas como um político que teve origem no próprio
Partido dos Trabalhadores. Ele, agora, está denunciando, de uma forma
corrosiva, de uma forma autofágica, sem nenhuma participação das oposições
brasileiras, o grande sistema de corrupção que arrecadaria um bilhão de reais
para a campanha presidencial que se avizinha. Por mais que se queira todo e
qualquer tipo de isenção, a última filiação partidária desse senhor, que deu
essa entrevista e que hoje é manchete em todas as capitais brasileiras, em toda
a mídia nacional, foi ao Partido dos Trabalhadores.
O
Presidente Lula vai perder o sono por algum tempo agora - mais do que já tem
perdido - em função de três fatos fundamentais. Essa grande encenação que é o litígio com
a Bolívia e o disfarce presidencial, dizendo que isso não é nada, que não há
problema maior, defendendo os interesses da Bolívia, compreendendo Evo Morales,
deixando o interesse brasileiro em segundo plano. Ao mesmo tempo, sabe que vai
ter de aumentar o gás, providenciar um outro fornecedor de gás - o que leva uns
três ou quatro anos -, e que há na matriz energética brasileira uma nova forma
de trabalho que não pode começar com a mentira presidencial. O Presidente vai
perder o sono, também, por essa entrevista que atingiu mais do que o coração do
Governo, atingiu a cabeça não muito brilhante deste Governo, a cabeça deste
imenso sistema montado, que compreende um processo de corrupção como nunca houve
parecido na história brasileira. O sono do Presidente não será de sonhos, nem
de amenidades, mas de pesadelos muito fortes, já que terá de responder, dessa
vez, com fatos, não poderá mais dizer que não tem conhecimento. Agora a
afirmação é o contrário: é de que ele capitaneava o Partido dos Trabalhadores
inclusive fora da sua militância no Partido, mesmo quando Presidente da
República.
Por fim, agora o Tribunal de Contas da União
anuncia uma devassa em todos os contratos feitos a partir de 2003, por meio da
qual serão postas em evidência todas as manobras e falcatruas de quatro ou
cinco grandes bancos, brasileiros e estrangeiros, e de associações com empresas
brasileiras no sentido de superfaturamento para a formação desse imenso bolo
eleitoral de um bilhão de reais - assim dito pelo Silvio Pereira, que é um dos
componentes daquela quadrilha dos quarenta ladrões denunciados pelo
Procurador-Geral da República.
Dessa forma, o País está vivendo momentos de grande
apreensão, de desesperança e, principalmente, de desilusão, frente a uma
promessa de decência, de moralidade e de ética, quando todos os outros Partidos
eram corruptos. Havia uma vestal, havia um Partido virgem neste País, que,
agora - perdão -, perdeu a virgindade e se vê convulsionado pela falta de
explicação a um número tão grande de pessoas e em todos os Estados da
Federação, Partido este que, com todo esse dinheiro, atingiria um milhão de
filiados. Essas metas, evidentemente, desapareceram, especialmente essa de
oitenta bilhões. Certamente, o Presidente da República precisará de alguns
comprimidos de sonífero para poder dormir a partir de agora, porque o seu sono
não será tão tranqüilo e irresponsável como foram as suas respostas às
indefinições todas.
Por isso, o País hoje se acordou novamente preocupado
com este momento terrível da Nação, em que o Partido dos Trabalhadores não tem
mais condições, não tem mais discurso e não tem mais direção em relação a todos
os fenômenos brasileiros, principalmente em relação à consciência nacional.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência. O Ver. Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr.
Presidente desta Casa, mui digno Ver. Dr.
Humberto Goulart; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público
maravilhoso que nos assiste pessoalmente no dia de hoje, telespectadores da
TVCâmara, é um dia muito importante para a história do mundo, refiro-me ao 8 de
maio, há 61 anos foi assinada a paz e o término da 2ª Guerra Mundial.
É uma data muito importante para o mundo e, se ela
o foi para o mundo, com certeza, também foi e continua sendo para nós
brasileiros. Pois há 61 anos - dias que muitos ainda trazem vivos na memória,
dias em que a paz estava cara - o País se agigantou para combater uma injustiça
que grassava no mundo. Era chegada a hora de ver a nossa Pátria solerte,
uniformizada, de punhos em riste, como diria, pois as manchetes de jornais
estampavam: “É a guerra! O Brasil declara guerra!” No peito instalava-se o
sentimento de que a vida só tinha valor se vivida intensamente na defesa de um
ideal, de que a vida só merecia ser vivida com destemor e audácia, de que a
vida não era nada sem a liberdade e a dignidade. Nossos soldadinhos, nossos
heróis, 61 anos atrás, atravessam o Atlântico em condições que mal podemos
imaginar nos dias de hoje, eles percorreram 400 quilômetros em território
inimigo, fizeram mais de vinte mil prisioneiros, impondo-lhes a rendição
incondicional de suas divisões inimigas, conquistando posições vitais para a
vitória e o término da guerra. Tivemos duas mil baixas; destas, mais de
quatrocentas mortes, que ficaram nos campos de batalha da Itália no dia 8 de
maio de 1945. Destes, vinte e um eram gaúchos; e, destes vinte um, um era
porto-alegrense.
São coisas que acontecem e que, às vezes, nos
entristecem também. Para homenagear esses heróis gaúchos, encaminhei um Projeto
que cria o Bosque dos Bravos no Parque Farroupilha, para reverenciar esses 21
gaúchos que doaram a sua vida e seu sangue para defender a democracia, a
liberdade e a dignidade do mundo contra o nazifascismo. Esse Projeto, por
vício, por fraqueza - eu diria mais - do Parlamento dos nossos dias, parou na
Comissão de Justiça. Mas na semana passada, Sr. Presidente, esta Câmara, em
parte, resgatou a história
do reconhecimento a
esses bravos. Em homenagem ao soldado porto-alegrense, que deixou os seus
sonhos em troca da liberdade nos campos de batalha, nós aprovamos um Projeto,
de minha proposição, que nomeia de Soldado Expedicionário Arthur Lourenço Stark
a entrada ao acesso de veículos da Câmara Municipal desta Cidade.
Com
esse singelo preito, acredito, estamos homenageando não apenas os soldados que
participaram do confronto, mas a família gaúcha, as mães gaúchas que entregaram
os seus filhos para garantir o restabelecimento da justiça, da liberdade e da
paz entre as nações. Aos outros vinte soldados, com certeza, esta Casa, na
presença desse fórum de reapresentação do Projeto, haverá de fazer justiça.
Esses soldados lutaram, doaram a sua vida, deixaram mães sem filhos, deixaram
esposas viúvas, deixaram famílias preocupadas, os que não morreram vieram
enlouquecidos, vieram, dos finais da batalha dessa Guerra Mundial, em
frangalhos, torpes.
A
minha homenagem a esses heróis, às famílias desses heróis, à família da Pátria
brasileira, que soube se engajar em defesa da liberdade, da dignidade e da paz
mundial. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Revisado
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, amanhã haverá uma
Sessão Solene nesta Casa, às 17 horas, será a 34ª Sessão Solene em homenagem às
mães. E, amanhã, como nos últimos quinze anos, nós convidamos um padre, um
pastor e um rabino para que falem. Amanhã, como nos quinze últimos anos, nós
pedimos que apenas uma Vereadora, em nome das demais Vereadoras, fale. Este ano
as Vereadoras escolheram uma Vereadora que não é mãe, é filha
apenas, e ela vai falar em nome de todas as mães.
Eu espero que amanhã os Vereadores compareçam a
este plenário para homenagear as mães; apenas sei que a Verª Manuela está
preparando um belíssimo discurso. É uma futura mãe, ela vai falar como filha e
como neta. Portanto, amanhã eu espero que todos os Vereadores estejam no
plenário, relembrando as suas mães; se elas estiverem vivas, se eles tiverem a
felicidade de vê-las vivas, que tenham o carinho necessário para retribuir
aquilo que, durante a vida toda, a mãe dedicou a cada um de nós. Espero que
tenhamos, amanhã, uma bela Sessão, e que as nove Vereadoras aqui presentes, na
Casa do Povo de Porto Alegre, sejam a nota principal, que representem todas as
mães porto-alegrenses. Inclusive, estou pedindo ao Presidente que ceda a presidência
da Sessão Solene à Vice-Presidente, para que possamos fazer uma Sessão dedicada
realmente às mães, como há 34 anos esta Casa tem feito, só que nos 15 últimos
anos, o padre, o pastor e o rabino falam pela população e, ao final, fazem um
bênção. Sou grato, Sr. Presidente. Saúde e PAZ! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, uma comunicação. Amanhã, eu vou comparecer a essa Sessão e vou, da
tribuna, me pronunciar, como Vereador desta Cidade, em homenagem ao Dia das Mães.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Ervino
Besson está com a palavra em Comunicações, por transposição de tempo com a Verª
Clênia Maranhão.
O SR. ERVINO BESSON: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores
que nos acompanham nas galerias, especialmente comunidade que está aqui nos
honrando com a presença - o pessoal da Vila dos Ferroviários -, cumprimento
cada um de vocês e as pessoas que nos assistem pelo Canal 16 da TVCâmara.
Há poucos dias a nossa Pátria festejou o noticiário,
toda a imprensa do mundo noticiou que o Brasil seria auto-suficiente na
produção do petróleo. Só que parte dessa alegria, meus caros colegas
Vereadores, durou pouco. A atitude do Presidente da Bolívia, Evo Morales, foi
uma atitude que surpreendeu a todos nós. E o nosso Presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, no momento em que o Presidente Boliviano confiscou -
para não dizer outras palavras mais fortes - um patrimônio brasileiro... A
Petrobras investiu milhões e milhões de dólares na Bolívia, meu caro Ver. Adeli
Sell. E esse patrimônio foi confiscado, numa agressão ao nosso País!
Mas há mais gente envolvida nessa trama que foi
armada. O Hugo Chávez não está fora dessa organização que nos atingiu em cheio.
Numa viagenzinha curta, na calada da noite, Hugo Chávez pegou uma carona junto
com Evo Morales. E lá foi feita toda essa tratativa, porque quem pensa que Hugo
Chávez está fora dessa situação toda está completamente equivocado! Hugo Chávez
está manobrando e muito essa história que deixou o Brasil estarrecido até os
dias de hoje.
O que o nosso Presidente tinha que ter feito logo
que surgiu essa notícia? Faltou dureza do Presidente da Nação. Faltou! E nós não podemos esquecer que
a dívida da Bolívia para com o Brasil foi abonada pelo Presidente Lula. Nem
sequer isso foi levado em consideração nessa trama que foi armada. Evo Morales,
Hugo Chávez e não vamos liberar Fidel Castro, que está junto nessa armação
toda, está junto. Esse trio armou tudo isso que está acontecendo com o nosso
País. Mas vocês acham que não! Um quarteto!
O
Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, sempre com sua
gentileza. Pretendo discutir brevemente, nobre Vereador, essa matéria. Em
primeiro lugar, quando se fala em auto-suficiência de petróleo, é
auto-suficiência de petróleo, felizmente o Brasil a atingiu, o que nos dá
segurança, inclusive dadas as turbulências internacionais.
Em
segundo lugar, está se tratando da questão do gás, e quero dizer que tenhamos
tranqüilidade. Eu tenho carro movido a gás, por exemplo, e estou absolutamente
tranqüilo porque o gás está muito barato, e, mesmo que haja algum reajuste - o
que eu não acredito -, vale lembrar que os preços ainda são extremamente
competitivos, se comparados aos demais. Mas eu acredito que o Presidente Lula,
com sua liderança, fará o melhor para os brasileiros sem ofender a soberania
dos bolivianos.
Por
último, Vereador, só para concluir: admira-me V. Exª, com a sua tradição, que
sempre reverencia o Brizola - que foi um combatente, um nacionalista, assim
como Getúlio Vargas -, fazer ataques a lideranças importantes que defendem seus
povos na América Latina; aliás, foram todos amigos e aliados de Brizola no
passado.
O
SR. ERVINO BESSON: Defendendo,
entre aspas. Vamos ser um pouco mais objetivos e mais claros: defendendo, entre
aspas.
O
Sr. Raul Carrion: V. Exª
permite um aparte?
O
SR. ERVINO BESSON: Eu
lamento, Vereador, meu tempo está esgotado, desculpe-me, Ver. Raul, eu nunca
nego aparte a ninguém.
Isso
não ficou por aí. Nós temos grandes produtores que investiram o seu capital em
áreas produtivas na Bolívia, também esses não vão escapar dessa atitude do
Presidente Morales. Não vão escapar disso.
Portanto,
meu caro Presidente, lamentamos profundamente essa atitude impensada desse
quarteto - como foi dito pelo nobre Ver. Cassiá Carpes -, toda essa armação que
foi feita em cima do Brasil. Mas vamos aguardar os acontecimentos. Foi dito
aqui que o Brasil é auto-suficiente em petróleo, mas não esqueçamos que o gás
não deixa de ser um acessório do petróleo. O gás é o acessório número um do
petróleo! Vamos ter problemas? Vamos ter problemas.
Agora,
vamos ver o que o nosso Presidente prometeu. Se a Petrobras assumir esse
aumento, que vai ser altíssimo, vamos ver se o Presidente mantém a palavra de
que a Petrobras consegue absorvê-lo, de que o aumento não será repassado para o
nosso consumidor. Muito obrigado, Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
Apregoamos
a Emenda nº 01 ao PLCL nº 004/96, Emenda de autoria do Ver. Raul Carrion,
que acrescenta parágrafo único ao art. 111 da Lei Complementar nº 284, de 27 de
outubro de 1992, que institui o Código de Edificações de Porto Alegre,
substituindo a palavra “fronteira” por “frontal”.
Apregoamos
o Requerimento de autoria do Ver. Raul Carrion, solicitando votação em Destaque
e dispensa do envio às Comissões da Emenda nº 01 ao PLCL nº 004/96. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoamos o Requerimento nº 084/06, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, solicitando Sessão Solene no dia 24 de maio de 2006, para entrega do Prêmio Dilamar Machado aos jornalistas que mais se destacaram na cobertura do carnaval/2006 de Porto Alegre, bem como aos dirigentes das Escolas de Samba. Serão premiados: Rosane Frigiere, pelo jornal Correio do Povo; Luiz Armando Vaz, pelo jornal Diário Gaúcho; Vinicios Brito, pela Rádio Gaúcha; Denis Luciano, pela Rádio Guaíba; Renato Dorneles, pelo jornal Zero Hora; Raul Costa Júnior, pela RBS TV; Odir Ferreira, pela Rádio Metrô; Hélio Garcia, pela Escola Estado Maior da Restinga; Juarez Gutieres, pela Escola Unidos de Vila Isabel; João Luiz Montier dos Santos, pela Escola Filhos da Candinha; Valdir Souza Ribeiro, pela Escola Os Comanches; Alessandro Nicoletti Machado, pela Escola Unidos do Capão.
O
SR. JOÃO BOSCO VAZ: Um
esclarecimento ao Plenário, Sr. Presidente: não sou eu que estou homenageando
todas essas pessoas. Eu criei, nesta Casa, o Troféu Dilamar Machado para
homenagear os destaques do carnaval. Essas pessoas, segundo a lei, são
indicadas pela Associação das Entidades Carnavalescas.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Sob
a inspiração de Vossa Excelência.
O
SR. JOÃO BOSCO VAZ: Os
Vereadores podem pensar que eu é que estou homenageando. Não. Trata-se do
Troféu Dilamar Machado, a ser entregue a esses destaques, homenagem que já se
realiza pelo terceiro ano consecutivo. Só para esclarecer.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Esclarecido.
A Verª Clênia Maranhão está com a palavra em Comunicações.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, queria saudar também
as porto-alegrenses e os porto-alegrenses que acompanham os nossos trabalhos na
tarde de hoje.
Sr.
Presidente, a sociedade brasileira vive há quase um ano um seriado de horror.
Sucedem-se os capítulos de denúncias, de omissões, de apropriações indevidas do
dinheiro público, do uso das instituições públicas para fins privados,
partidários e pessoais. Estarrecidos, vemos caírem por terra muitas das
conquistas republicanas, vemos o retrocesso dos conceitos da impessoalidade, da
transparência e da garantia dos direitos individuais. Em função desses
retrocessos, da crise ética, política, do crescimento da corrupção, da
conivência do aparelhamento do Estado e da apropriação para fins particulares,
conseqüentemente cresce a desesperança, a descrença nas instituições públicas.
Nesta
semana, no meio de um novo mar de lama no mundo político, envolvendo o Governo
Federal - mais uma vez o Governo Federal e o Congresso brasileiro -,
acompanhamos também na imprensa, que deu ampla cobertura, o julgamento de um
réu confesso, o jornalista Pimenta Neves. Um assassino confesso, assassinou com
três tiros a jornalista Sandra Gomide: o primeiro, pelas costas; o segundo,
quando a ex-namorada dele estava no chão, e o terceiro a 35 cm da cabeça da
ex-namorada, que implorava por sua vida. Ele a matou friamente, de uma forma
bárbara, brutal, pelo simples fato de a jornalista Sandra Gomide não querer
mais namorá-lo. Esse foi o crime dessa mulher! E o que ela pagou, por sua
opção, foi a vida. Foi o preço de poder se contrapor à posição do assassino.
Vimos,
estarrecidas e estarrecidos, na frente da televisão, o condenado por um crime
de homicídio qualificado, cuja pena foi de 19 anos de prisão, voltar solto para
sua casa após três dias de julgamento! A justificativa é que esse assassino não
oferecia riscos à sociedade. O pai da vítima, envolto no desespero pela perda
de sua filha e na desesperança nas instituições, afirmava: “Não creio mais na
Justiça.” A dolorosa cena nos remete a outras trágicas histórias de mulheres
que são assassinadas por romperem as suas relações afetivas e que, mesmo após a
sua morte, nos processos acusatórios, se transformam de vítimas em culpadas,
pela ação de muitos advogados. Mais uma vez, apesar de todas as lutas pela
garantia dos direitos humanos das mulheres, vimos a reprodução dessa bárbara e
lamentável circunstância. E não faltaram argumentos jurídicos, que sempre são
usados e reforçados quando a vítima é mulher. Esse julgamento faz crescer a
indignação de todas e de todos que, ao longo dos últimos anos, têm acompanhado
os julgamentos dos assassinos quando a vítima é mulher. Em geral, eles são
soltos com a justificativa da defesa da honra, são soltos com a justificativa
de que chegaram ao limite das suas paciências. E, mais uma vez, um assassino
confesso de um crime de homicídio qualificado voltou para sua casa.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Fraga): Obrigado,
Verª Clênia Maranhão.
O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Ver.
Mario Fraga, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, a denúncia feita no final de semana pelo Sr. Silvio Pereira, que
alguns dizem tratar-se de matéria requentada, é de uma gravidade assustadora,
porque envolve, Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
quer gostemos, quer queremos ou não, a figura central do Presidente da
República. Então, é muito grave. E vejam que quem faz a denúncia não é um
opositor, não é ninguém que tem as maiores diferenças com o Partido dos
Trabalhadores, com o Governo Federal; a denúncia vem de dentro daqueles que,
com responsabilidades partidárias - e diríamos até de Governo -, conviveram à
sombra e às proximidades do poder. Eu já disse aqui, e não gostaria de dizer,
que o Governo do Presidente Lula é uma tragédia. Não gostaria de dizer, mas
isso se vislumbra à menor análise, quer gostemos, quer não gostemos! Quer
gostemos, quer não gostemos! É uma tragédia! Nunca se viram, Sr. Presidente,
Srs. Vereadores, acontecimentos como os que nos são informados pelos meios de
comunicação.
Então,
vejam V. Exas a que situação o País se encontra, do ponto de vista
do seu governante! Está a OAB reunida para propor o impeachment ao Sr. Presidente da República! Vejam que coisa
gravíssima! É muito grave! Nós sabemos que a Administração de um país, os
assuntos e negócios de um país são coisas muito sérias! Porque um
acontecimento, um evento dessa envergadura é um desajuste que se faz à
Administração, ao País! Isso é muito grave!
Eu
não gostaria, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, de ver um processo de impeachment de um Presidente da
República! Não! Eu gostaria, sim, de ver agora, em outubro, o povo julgando o
Presidente da República, porque a desorganização que isso traz à Administração
é uma coisa muito séria, que, em último análise, será paga pelo povo!
Então,
vejam V. Exas essa questão ligada à Petrobrás/Bolívia, à nossa
Petrobras! Olhem a passividade e a frouxidão do Governo brasileiro! Quem diz
isso é o próprio Itamarati, os organismos permanentes de políticas externas do
Governo brasileiro! É passivo o Presidente! O Presidente é frouxo diante de um
fato gravíssimo! Porque a Petrobras, que investiu... O Brasil, porque a
Petrobras é uma estatal...! O Governo tem mais de 50% das ações da Petrobras! O
Brasil investiu um bilhão e meio de dólares na Bolívia! A Petrobras fez com o
Estado boliviano, não com o Presidente boliviano, um contrato, e esse contrato
não está sendo cumprido! Foi descumprido! E o Presidente da República, por uma
concepção ideológica, que eu admito que possa ter... Mas neste momento “não se
pode servir a dois senhores”! Ou se serve à cartilha ideológica, ou se serve à
Petrobras! Neste momento o Presidente da República tem de servir à Petrobras e
defender os seus interesses, que, em última análise, são interesses do povo
brasileiro.
Então,
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, encerro para lamentar, infelizmente, o que
vem acontecendo em nosso País, a frouxidão e a falta de pulso do Governo
brasileiro! E aqui poderemos repetir o velho adágio: “Rei fraco faz o povo
fraco”!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Fraga): O Ver. Carlos Comassetto está com a
palavra em Comunicações.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente em exercício, Ver. Mario
Fraga, que retorna a esta Casa; colegas Vereadores e colegas Vereadoras,
prezada comunidade que nos assiste, cumprimento aqui as comunidades
ferroviárias da Dique e da Conquista, que continuam a sua luta permanente pela
qualificação da moradia e da habitação no nosso Município. Ao cumprimentá-los,
quero aqui trazer a discussão, sim, do momento que estamos vivendo na
conjuntura nacional e chegarmos até a nossa cidade de Porto Alegre nas questões
que nos dizem respeito.
A
oposição vem para esta tribuna, a oposição ao Governo Federal, porque não
compreende e não aceita que o Governo Lula é um Governo cuja avaliação só
cresce em todas as pesquisas que são feitas neste País! E me refiro a isso
porque eles vêm para esta tribuna sempre com velhas notícias, querendo requentá-las!
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR. CARLOS COMASSETTO: Não, Ver. João Bosco, não vou dizer que é
mentira, mas trago aqui o meu ponto de vista, que considero ser verdadeiro. E
lhe dou um aparte, se o senhor quiser.
Peço
que V. Exª garanta a minha palavra, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart.) Está garantida a sua palavra,
Excelência.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Muito obrigado.
Então,
gostaria de dizer isso, porque trazem notícias requentadas, e quero dizer, com
muita tranqüilidade, que o Sr. Silvio Pereira não pertence aos quadros do PT,
foi excluído pela nossa Direção, porque cometeu erros e os confessou! E nós não
admitimos, em nossos quadros partidários, pessoas que roubam! Não as admitimos!
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Por gentileza...
O SR. CARLOS COMASSETTO: E o Partido dos Trabalhadores foi às
urnas, senhores e senhoras, e 350 mil votantes filiados ao nosso Partido
reconduziram uma nova Direção para limpar a área. E a oposição não aceita o
Governo da República - eu quero que a imprensa mostre aqui -, que em três anos
fez o desmonte de dezenas de quadrilhas! O Governo Lula desmontou esquemas
históricos de fraude e corrupção contra o Estado e a sociedade! Em 36 meses,
prendeu mais de 500 servidores públicos! E os jornais, hoje, a Folha de São
Paulo, O Estadão e os outros, essa é a notícia do dia... Qual é a notícia do
dia? “Inquérito da Polícia Federal envolve 62 Deputados que roubam dinheiro
público da Saúde”! Ver. Claudio Sebenelo, V. Exª é do PSDB e médico, teria de
ter vindo aqui a esta tribuna dizer que o PP, o PTB, que o PL reúnem 36 citados
na lista, que inclui também o Partido da Frente Liberal e o Secretário-Geral do
PSDB, que estão roubando dinheiro das ambulâncias no País! (Palmas.)
(Aparte
anti-regimental do Ver. Claudio Sebenelo.)
O SR. CARLOS COMASSETTO: Isso V. Exª teria de ter vindo à tribuna
como médico e como integrante do PSDB para dizer! (Palmas.) Por que não vem
dizer isso?! (Palmas.) Por que não vem dizer isso?! Que esses Partidos todos
estão roubando dinheiro da Saúde?! E, ao mesmo tempo, quero dizer, está aqui no
espelho da nossa Casa...
(Tumulto
no plenário.)
O SR. CARLOS COMASSETTO: Quero que V. Exª me garanta a palavra,
Sr. Presidente, e desconte o tempo, por favor.
(Aparte
anti-regimental do Ver. Claudio Sebenelo.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Por gentileza, há o tempo de Liderança
para falar depois, Excelência. Assegurada a palavra, mas na hora oportuna! O
Ver. Claudio Sebenelo poderá falar em Liderança.
Dar-lhe-ei
o desconto, Excelência. Não fiquem nervosos todos! Há gente muito nervosa...
O SR. CARLOS COMASSETTO: Meus caros colegas Vereadores e
Vereadoras, por que a base de situação no Município e de oposição ao Governo
Federal fica tão nervosa quando se vem aqui dizer isso? Hoje o Governo Federal
está repassando ao Município 668 mil reais para a Saúde do Município! Enquanto
isso, os postos de saúde do Município são fechados! Nós temos seis postos de
saúde do Município fechados! É isso que nós temos de vir aqui na tribuna dizer!
Essas questões têm de ser analisadas!
Sr.
Presidente, vou concluir dizendo o seguinte: além disso, dez milhões de reais
foram repassados pelo Governo Federal, pela ação da CUTHAB, presidida pelo Ver.
Carrion, dinheiro que está depositado, dinheiro destinado para comprar a área
para o reassentamento das famílias Dique! Há dinheiro da Caixa Econômica
Federal para a habitação! Por que ele não é utilizado?! Pela mesma base que
critica o Governo Federal, por incompetência administrativa! Enquanto o PMDB
briga com o PTB dentro do próprio Governo, a comunidade está ali a reivindicar
que seja feito isso com rapidez, eficácia, prontidão e exatidão!
Portanto,
Sr. Presidente, esse é o tema do dia hoje, e eu quero ver aqui os defensores da
Saúde virem defender a máfia sanguessuga que rouba o dinheiro público e não o
canaliza! Enquanto isso, as nossas filas aumentam! E, entre os Partidos
envolvidos, as lideranças envolvidas, estão o ex-Secretário-Geral do Partido da
Social Democracia Brasileira e o Líder do Partido da Frente Liberal no
Congresso Nacional, esses são os mentores desse processo. Muito obrigado, e
quero vir discutir sempre assuntos que são contraditórios! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. RAUL CARRION: (Por solicitação do Ver. Adeli Sell e por
determinação do Sr. Presidente, foi retirada a assertiva do Ver. Raul Carrion.)
O SR. CLAUDIO SEBENELO: (Por solicitação do Ver. Adeli Sell e por
determinação do Sr. Presidente, foi retirada a assertiva do Ver. Claudio
Sebenelo.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Excelência.
Srs.
Vereadores, temos períodos regimentais para que possam se expressar! Por favor,
temos visitas, estamos trabalhando... Por gentileza!
A
Verª Manuela d’ Ávila está com a palavra em Comunicações.
A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente, somos supostamente
civilizados e devemos, pelo menos, na prática, tentar sê-lo. Sr. Presidente,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhores e senhoras lutadores
sociais do movimento popular que se encontram hoje na nossa Câmara Municipal de
Porto Alegre, eu não iria falar sobre a situação do nosso País, mas, dadas
algumas crises, e elas acontecem o tempo inteiro, em todos os locais, gostaria
apenas de registrar a minha profunda satisfação com alguém que, em toda a minha
vida - e ele recebeu o Título de Cidadão da nossa Cidade -, nunca me
decepcionou. Ele se manifesta politicamente pela reeleição do Presidente Lula,
manifesta-se e consegue compreender a pressão que a elite brasileira faz, a desconformidade
da elite brasileira com um operário, o Presidente da República. A minha
satisfação é com Chico Buarque de Holanda, que, mais uma vez gênio, mais uma
vez brilhante, mais uma vez para além de compositor e intérprete, se coloca
como um homem comprometido com o nosso País, um homem que pensa o nosso País,
que não adere a essa suposta elite pensante brasileira que repudia a tudo e a
todos que são povo. Não!
Mais uma vez, Chico Buarque, neste final de semana,
quando foi lançar o seu CD, não ficou falando de si mesmo, ele parou para falar
das favelas do nosso País, parou para falar dessa elite brasileira, que, por
ela, tocava fogo naquilo que é diferente dela, que, por ela, se dependesse da
sua opinião, conforme as palavras do próprio Chico, “enfiava o Exército na
favela e mandava colocar fogo”. Mais uma vez, esse lutador, esse progressista
brasileiro manifesta a sua opinião, uma opinião muito acertada sobre o que
pensa a elite, sobre o que nós, brasileiros, devemos fazer.
Mas vim falar hoje nesta tribuna sobre a visão que
criam da relação do nosso País, da atitude do Presidente da Bolívia, do
companheiro Evo Morales.
(Aparte
anti-regimental do Ver. Haroldo de Souza.)
A SRA. MANUELA D’ÁVILA: É sim, Ver. Haroldo, porque não mudo de
posição conforme os ventos, defendo-o agora, como o defendi no momento da sua
eleição. Tenho coerência com o que acredito em todos os momentos, independente
de para onde sopram os ventos.
O
companheiro Evo Morales tomou uma decisão diferente daqueles que estão
acostumados com a subserviência, daqueles que estão acostumados com a política
neoliberal de, simplesmente, “é meu amigo ou é meu inimigo”. Tomou a postura de
um Presidente de um país que defende a construção de projetos nacionais, que
sabe o valor de um povo ser dono do seu próprio país. O problema, senhoras e
senhores, é que nós estamos acostumados, nós fomos teoricamente acostumados...
Porque o nosso povo e o povo do nosso Continente disseram “não” a isso, àquela
postura que o Governo Fernando Henrique impunha ao nosso Continente, a postura
de que ou somos amigos ou somos inimigos dos Estados Unidos. Se somos inimigos,
eles jogam bombas, porque é isso que eles fazem no mundo inteiro, é isso que
eles fazem na Colômbia, é isso que tentaram fazer na Venezuela com o Presidente
Chávez. Não é isso que nós estamos vivendo no nosso Continente neste momento.
Nós estamos vivendo...
O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte?
A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Já lhe dou um aparte, Ver. Carrion.
Nós
estamos vivendo um momento de reflexão sobre como sermos os donos dos nossos
países, como fazer dos nossos países pátrias e não quintais, como fazer do povo
deste País e desses países donos das suas nações.
O
Presidente Evo Morales defendeu a soberania do seu país. Querido Ver. Haroldo
de Souza, se o barril de petróleo subir apenas um dólar - e eles tentam
maquiar, criar aqueles números difíceis de entender, mas todo dia sai isso no
jornal, todo o dia nós sabemos que o petróleo cresce -, nós vamos superar o
teórico fracasso, o teórico escândalo gerado pela soberania na Bolívia com a
nossa produção interna, com a auto-suficiência da Petrobras. Ao mesmo tempo,
dobra o investimento público da Bolívia com essa decisão do Presidente Evo
Morales. Dobra! Investimento público, senhoras e senhores que nos assistem,
significa casa para um povo, como o povo boliviano, que é miserável como o
nosso povo, mas em índices maiores; significa educação para o povo de um país.
Nós
não queremos a destruição dos países, nós queremos, sim, que o nosso Governo
negocie, mas negocie como quem mantém relações diplomáticas. Não existe crise,
quando existe relação entre os países. Existe crise na política neoliberal,
existe crise na visão política hegemonista norte-americana, que ou se é aliado
ou se é inimigo. Nós estamos construindo um novo Continente.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Para
encerrar, Excelência.
A
SRA. MANUELA D’ÁVILA: Estou
concluindo, Sr. Presidente, peço consideração porque houve uma espécie de...
Enfim, no início da minha fala... Eu só quero concluir o meu raciocínio.
O
que está havendo, neste momento, é a construção do nosso Continente, do nosso
País e dos nossos países irmãos, quando nós pensamos e quando nós somos povo,
nós sabemos que o que vale é a vida dessa gente, o que vale é o investimento
público, e o que vale é a soberania dos países.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Tem
de encerrar, Excelência.
(Aparte
anti-regimental do Ver. Haroldo de Souza.)
A
SRA. MANUELA D’ÁVILA:
Nós, Sr. Presidente, para concluir, sabemos o valor de construir pátria,
sabemos as diferenças entre construir nações...
(Aparte
anti-regimental do Ver. Haroldo de Souza.)
A
SRA. MANUELA D’ÁVILA: Muito
obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Atenção,
Plenário.
O
Sr. Claudio Sebenelo: (Por
solicitação do Ver. Adeli Sell e por determinação do Sr. Presidente, foi
retirada a assertiva do Ver. Claudio Sebenelo.)
O
Sr. Adeli Sell: Sr.
Presidente, qual é o tempo em que ele está falando? Assim não dá, esse tipo de
comportamento não dá.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Excelência, o mesmo tempo que foi concedido ao Ver. Carrion, um
esclarecimento...
O
Sr. Adeli Sell: É
anti-regimental. Os dois estão errados.
O
Sr. Claudio Sebenelo:
(Por solicitação do Ver. Adeli Sell e por determinação do Sr. Presidente, foi
retirada a assertiva do Ver. Claudio Sebenelo.)
O
SR. ADELI SELL (Requerimento): Eu
requeiro que sejam elididas, com base no Regimento Interno, das notas taquigráficas
as intervenções anti-regimentais. Vamos respeitar o Regimento seja quem for. Peço
decisão sobre este meu Requerimento.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Excelência,
quando um Vereador se aproxima do microfone e pede para fazer um
esclarecimento, é costumeiro que se dê o esclarecimento. E, uma vez dado ao
Ver. Raul Carrion, também teria que ser dado para o contraditório.
Esclarecimento não é figura anti-regimental; anti-regimental pode ser depois da
posição do Vereador, mas não o pedido de esclarecimento.
O SR. ADELI SELL: Eu requeiro,
com base no Regimento Interno, que sejam retiradas das notas taquigráficas as
intervenções anti-regimentais. Se Vossa Excelência quiser, eu faço por escrito.
Se Vossa Excelência quiser, eu consulto a Mesa.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não precisa
fazer por escrito, Excelência.
Passamos ao
O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, comunidade que assiste a nossa Sessão e
assistência da TVCâmara, quero trazer aqui uma discussão local da mais alta
relevância, Verª Margarete Moraes, Verª Maria Celeste, Ver. Raul Carrion, Ver. Cassiá Carpes, Ver. Ervino Besson, que é a polêmica envolvendo a questão
da ampliação do Aeroporto Salgado Filho e a aquisição da área.
Depois de ter sido
procurado na CEDECONDH, contribuímos para ter aberto um debate, porque não
havia transparência, não havia abertura, não havia o diálogo necessário. Nós,
da CEDECONDH, conseguimos produzir uma audiência com o Sr. Prefeito e, em
conjunto com a CUTHAB, reabrimos o diálogo, que não estava aberto para a
comunidade, e assim temos algumas notícias que dão conta de conquistas
importantes, Verª Margarete Moraes. Uma delas é a aquisição da área do
Aeroporto, porque a luta se dá contra o tempo, e o prazo derradeiro é o dia 28
deste mês. Caso não for utilizado, o Orçamento, que é de 2005, pode ser
perdido, e nós estaremos perdendo a oportunidade da ampliação do Aeroporto, bem
como do reassentamento daquelas 511 famílias.
Mas me preocupa, Verª
Margarete, porque vejo notícias muito contraditórias, muito conflitantes, que
dão conta da existência de problemas. Vejam só: o jornal O Sul, no dia 6,
noticia que ficou acertado, entre Estado e Município, a transferência das famílias
da Vila Dique para um terreno no beco João Paris, um terreno indicado pelo
Estado. Vejam só o que diz, no dia 8, o Secretário de Gestão Clóvis Magalhães
(Lê.): “A área para o reassentamento das famílias da Vila Dique está em
adensamento, não serve para todas as mil famílias da Vila Dique, mas trezentas
serão remanejadas. Temos três milhões da União até o dia 28 de maio”.
Bem, mais idas e vindas aqui: “Área em discussão
I”, de Fernando Albrecht, do dia de hoje, 8 de maio de 2006 (Lê.): “Pega fogo a
pendenga em torno da área próxima à FIERGS que serviria para o complexo
habitacional da atual Vila Dique, para permitir a ampliação da pista do Salgado
Filho. A Infraero garante que existe laudo geotécnico considerando a área
própria para moradias populares, entendendo-se construções leves. Bastaria
então uma compactação com argila para uniformizar o terreno. Já a Prefeitura
diz que apenas um terço dela serve e que estudos complementares estão sendo
feitos”.
“Área em discussão II”, do mesmo autor (Lê.): “Até
agora, a Prefeitura tem tratado o assunto com luvas de pelica, mas à boca
pequena garante que toda a área é imprópria. Detalhe: o Estado já depositou o
dinheiro na conta do vendedor do imóvel desde novembro passado. O dinheiro terá
que, necessariamente, ser usado até o final deste mês. Tudo deve ser
esclarecido hoje no programa Manhã Band, da Rádio Band, às 9h30min. A Bancada
do PMDB na Câmara Municipal também acha que tem lingüiça de baixo desse pirão”
.
Está aqui, é notícia pública. Eu estou trazendo
aqui para que a gente debata, porque esse assunto é de interesse da Casa. Esse
assunto é de interesse municipal. O assunto é de interesse da comunidade que
está aí presente, que não pode ser joguete.
E
vou dizer mais: em provocação, no dia 28 de novembro de 2005, uma carta do
Governo do Estado ao Diretor Geral do DEMHAB apresenta e questiona a referida
área. (Lê carta.): “Temos a satisfação de oferecer uma área de terras descritas
nas matrículas” - tais e tais - “compondo aí uma área de 247 mil metros
quadrados ou 24,7 hectares”. Vejam o que responde, em 12/12, o Sr. Nelcir
Tessaro. Atenção senhores (Lê.): “Sr. Secretário, na oportunidade em que
reiteramos nossas elevadas considerações e em atenção ao Ofício nº 193/2005,
vimos manifestar nossa concordância com a aquisição da gleba de terras” - a referida
- “localizada no bairro Santo Agostinho, nesta Capital, que reassentará as
famílias oriundas da Vila Dique e Nazaré”. Pois bem, isso aconteceu no mês de
dezembro.
Há
um convênio assinado pelo Prefeito Fogaça, pelo Governador do Estado e pelo
Ministro das Cidades no último dia útil desse ano, prevendo o reassentamento, o
acordo com as áreas, Ver. João Dib, e agora o que nós ouvimos é que a área não
presta, que, apesar de ter sido adquirida pelo Estado, ela não oferece
condições para o reassentamento. Então, o que estamos fazendo afinal? O que nós
podemos esperar? Aqui está tudo documentado, eu não estou inventando nada.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Carlos Todeschini, quais são as
razões alegadas para que a área não sirva?
O SR. CARLOS TODESCHINI: Ver. João Dib,
esse foi o ponto de debate intensivo, por duas vezes, na CEDECONDH e, depois,
em reunião da CEDECONDH e CUTHAB com o Vice-Prefeito. Depois, ainda houve uma
reunião conjunta da CEDECONDH e CUTHAB na última quarta-feira. A alegação é de
que é uma área de aterro inerte e que não tem a necessária sedimentação. Isso é
o que está dito verbalmente pelos técnicos do DEMHAB. No entanto, o Governo do
Estado, que já cumpriu a sua parte do convênio através da Sehadur, depositando
dinheiro em caixa, apresenta um laudo aqui assinado, com responsabilidade
técnica, CREA e tudo mais, dizendo que a área é apta. Existe aqui um conflito
monumental, numa disputa entre o Governo do Estado e o Governo do Município,
diga-se DEMHAB, que desfaz todos os atos que são feitos, apesar do
Diretor-Geral do DEMHAB ter dito que tinha pleno acordo com o reassentamento
naquela área, mas agora o Secretário de Gestão, Clóvis Magalhães, e outras
lideranças do Governo estão dizendo que a área não presta, que não vai dar,
mesmo tendo comprado a área na semana passada.
O Sr. Haroldo de Souza: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, eu estranho que realmente a
autoridade Nelcir Tessaro não concorde agora mais com essa área. Ele assina um
documento dizendo que está tudo bem. Então, ele quer presente um laudo de um
outro geólogo para poder fazer a contestação. Do contrário, não somos nós da
Bancada do PMDB que achamos que tem “lingüiça embaixo do pirão”, não. Alguém
deve responder por isso.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Fico grato
pelo aparte, mas temos os documentos aqui em minhas mãos, com data, com
assinatura, com responsabilidade. E a estranheza é que o laudo que o DEMHAB apresenta é verbal! É verbal, Ver. João Antonio Dib! Foi
apresentado na última reunião, agora na quarta-feira. E isso coloca em risco a
aquisição da área, dados os prazos, porque eles não autorizam mais, em função
do tempo, a aquisição de outras áreas! Ou é alguma coisa estranha ou é, no
mínimo, uma incompetência total do DEMHAB, porque só foi fazer o alerta de que
o problema existe agora! E, se o problema existe agora, na última hora, tem de
ser responsabilizado quem deu a assinatura que está aqui! Posso lhe ceder os
documentos para que V. Exª acompanhe, a documentação está absolutamente
explícita.
O
que nós não podemos, Ver. Haroldo de Souza, é deixar que a Cidade perca o
recurso de dez milhões, que tem contrapartida, houve uma Emenda coletiva de
todos os Deputados Federais, trazendo os recursos para a cidade de Porto
Alegre. E há a boa vontade do Governo do Estado, deu para ver, porque depositou
o dinheiro em tempo! Mas há algo que não está sendo explicado em relação à ação
do DEMHAB! E nós temos a obrigação, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras e
comunidade, de saber o que é que está acontecendo! Porque, mesmo agora, depois
do negócio feito, o porta-voz do Governo - creio que o seja -, o Secretário de
Gestão Clóvis Magalhães, diz que a área é imprópria, inadequada, que não serve
para os assentamentos! Mas por que não foi providenciada a aquisição da área
adequada no tempo permitido? Por que ficou o DEMHAB sem ação durante 120 dias,
Ver. Cassiá Carpes?
Inclusive,
na última reunião, entre Prefeito, Vice-Prefeito, CUTHAB e CEDECONDH, foi dito
pelo Ver. Elói Guimarães e pelo Secretário Nelcir Tessaro que havia o Veto da
União para a área. Não é verdade! Aqui está o desmentido, o relatório do
Ministério das Cidades, não cabe ao Ministério das Cidades o poder de veto de
qualquer aquisição de área pretendida! Portanto, foi feita uma argumentação
leviana, desprovida de fundamento! Cabe, sim, ao DEMHAB fazer a indicação e ao
Estado entrar em parceria e adquirir. Muito obrigado pela atenção. Estejamos
atentos, porque esse assunto é do interesse de Porto Alegre, é de interesse de
todos e, muito especial, da comunidade que precisa ser reassentada. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Respondendo ao Ver. Adeli Sell: verdadeiramente não é regimental a figura do esclarecimento,
embora comum, embora tenha acontecido em vários momentos nesta Casa, uma vez
que esta Casa não pode fugir da discussão política, já que esta Casa se
entretém muito tempo em Sessões Solenes, mas também tem que puxar para a
discussão política. E, cada vez que o Presidente permite um esclarecimento, ele
confia no colega Vereador que vai falar. Uma vez estabelecida uma assertiva, o
contraditório tem que ser colocado também. Por isso o Presidente permitiu esses
apartes sobre questões importantes. Foi muito importante quando o Ver. João Dib
me permitiu dar um esclarecimento, há três anos, neste plenário, de que a
Justiça tinha cassado a CPI da Saúde, que implantávamos; foi importante, como
foi importante o que o Ver. Carrion e o Ver. Sebenelo disseram. Mas, atendendo
e respeitando a sua opinião, que chamou, conclamou a anti-regimentalidade,
estou pedindo que sejam retiradas essas duas assertivas. Mas ficará difícil,
daqui para frente, não permitir que um Vereador se expresse, mesmo que
momentaneamente, sobre um fato importante. Atendo-lhe, Excelência, e lhe
explico ao mesmo tempo.
O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver.
Dr. Goulart, demais Vereadores e Vereadoras, em primeiro lugar, seguindo o tema
tratado pelo Presidente da CEDECONDH, Ver. Todeschini, eu queria falar da
questão das Vilas Dique e Nazaré. São 2.500 mil famílias que deverão ser
reassentadas; por um lado, isso vai permitir a ampliação da pista do Aeroporto
e, por outro, vai dar uma moradia digna a essas pessoas. Felizmente, Ver.
Todeschini, parece que - pela ação rápida e pronta da CEDECONDH, chamando, há
questão de quinze dias, uma reunião nesta Casa - a indefinição que o Governo
Municipal mantinha sobre a aquisição da área foi vencida. Temos notícias de
que, finalmente, Ver. Todeschini, para não perdermos os dez milhões de reais
que o Rio Grande do Sul, através de Emenda das lideranças gaúchas, havia
conseguido, será adquirida a área que o Estado havia indicado, apesar da fala leviana
da imprensa dizendo que a área não serve. O Município se dobrou à pressão desta
Casa. O Ver. Cassiá esteve na reunião. Tivemos uma reunião com o Prefeito em
exercício, Eliseu Santos, tivemos uma reunião da CUTHAB e CEDECONDH, juntas, e
a Vila Dique obteve essa vitória. A área vai ser adquirida, e serão
reassentadas as pessoas. Esta Casa teve um papel decisivo. Eu quero parabenizar
a CEDECONDH, parabenizar a CUTHAB, que na hora H agiram.
Na Vila Dique o problema está resolvido, mas eu
queria saudar aqui a companheirada da Vila dos Ferroviários, que há mais de
vinte anos espera para resolver o seu problema, eles não têm encontrado, nos
últimos anos, uma solução. Queria dizer que foi feito, depois de muita luta -
Dona Gilda, uma saudação especial, Sr. Élio e todas as outras lideranças -, um
convênio no dia 29 de setembro de 2004, com um ano de duração, portanto, Ver.
Comassetto, venceu em setembro do ano passado. O convênio firmava o seguinte
(Lê.): “A área de propriedade da RFFSA [...] ocupada em parte pela Vila dos
Ferroviários [...] será transferida pela RFFSA ao Município sob a forma de
dação em pagamento, através de escritura pública, relativa às dívidas
tributárias regularmente constituídas, inscritas em dívida ativa...”.
Pois bem, nós tínhamos que ter recebido aqui, Ver.
Todeschini, um projeto da Prefeitura. A Caixa fez a avaliação, era preciso que
a Prefeitura, Verª Clênia, tivesse ido atrás desse convênio e lutasse pela sua
execução. Só que se passou um ano e meio praticamente, e o convênio foi vencido,
a avaliação da Caixa foi vencida, e nós não temos ainda uma solução. Esse
convênio terá que ser refeito. Estive conversando com o Ministério das Cidades,
não há possibilidade de prorrogá-lo, é preciso refazê-lo, e nós precisamos que
esta Casa pressione, que a Prefeitura assuma essa questão como urgente. Então,
é importante a presença de vocês aqui para registrar que a comunidade está
mobilizada, e nós vamos continuar essa luta.
Por
fim eu queria tratar da questão da Vila da Conquista, que está sob ameaça de
despejo. Já em dezembro do ano passado, enquanto eu presidia a CUTHAB, nós
conseguimos - não vejo o Virgílio, que estava por aí, representando a
comunidade - um prazo de 120 dias, mas esse prazo venceu, Verª Meneghetti. A
Brigada já foi lá olhar o local para fazer o despejo. Colocamos isso para o
Vice-Prefeito há questão de dez dias, Ver. Nereu, e não tem havido uma ação. A
CEDECONDH fez um novo documento pedindo 120 dias. Eu peço que a Bancada do
Governo solicite ao DEMHAB uma ação mais enérgica para a gente impedir esse
despejo.
Para
concluir, entrando na discussão geral, gostaria de dizer aqui que contei, na
Operação Sanguessuga, rapidamente, quatro Deputados Federais do PSDB, sete do
PFL e doze do PTB! E o Ver. Elói veio aqui falar contra o Lula. Doze do PTB são
sanguessugas também! Mas não é só isso, o Tribunal Regional Eleitoral de São
Paulo suspendeu o fundo partidário do PSDB por causa de irregularidades, e essa
gente vem dar uma de vestal da moralidade! É muita cara-de-pau! E há mais: o
Conselho de Ética analisa processo contra Deputado do PSDB. Mais: na Nossa
Caixa, lá em São Pulo, o Alckmin está até o gorgomilo implicado na malversação
dos fundos da Caixa. E, para completar, o Eduardo Azeredo ainda é o Presidente
do PSDB e tem mais de 40 milhões de reais sem prestação de contas e já
denunciados! E o PSDB sequer afasta esse Presidente! É muita cara-de-pau! Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra em Grande Expediente.
O
SR. CASSIÁ CARPES: Sr.
Presidente, Ver. Humberto Goulart; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, imprensa, demais presenças que vêm aqui contribuir com o nosso
debate, quero, primeiramente, dizer ao Ver. Carrion que retire esta palavra
“companheirada”, porque não fica bem. Isso é demagógico. Este termo
“companheirada” já caiu, nós estamos noutro patamar; a prova está em V. Exª ter
dito que aqui nesta Casa se faz o diálogo. A linguagem “companheirada” é de um
tempo mais atrás, daquelas grandes manifestações demagógicas em Porto Alegre e
no Brasil. Portanto, eu gostaria que V. Exª tratasse o cidadão e a cidadã com
respeito, não com a linguagem chula de “companheirada”, que serve para o seu
Partido, mas não serve para a população de Porto Alegre e do Brasil!
O
Sr. Raul Carrion: V. Exª
permite um aparte?
O
SR. CASSIÁ CARPES: Por
gentileza. Por uma questão de democracia, eu vou lhe dar a palavra.
O Sr. Raul Carrion: Sim, o direito ao aparte é um direito
regimental, que pode ser concedido.
O
SR. CASSIÁ CARPES: Claro.
Eu gostaria que o senhor trocasse esse termo.
O
Sr. Raul Carrion: Eu
queria dizer que a palavra “companheiros” é uma palavra de grande valor.
O
SR. CASSIÁ CARPES: Não,
“companheirada”, “companheirada”, V. Exª disse “companheirada”!
O
Sr. Raul Carrion: Eu
quero dizer que o grande Leonel Brizola usava esse termo, e sei que os amigos
da Vila dos Ferroviários sabem do respeito com que os tratamos, sabem do
carinho e do sentido de “companheirada”. (Palmas.) Muito obrigado,
companheirada. Não retiro porque a própria comunidade está de acordo. Muito
obrigado.
O
SR. CASSIÁ CARPES: Este
termo “companheirada” é de quando as esquerdas, que hoje não têm coragem de
fazer manifestação em Porto Alegre, faziam manifestação, Ver. João Bosco. Cadê
aquelas grandes manifestações da esquerda brasileira, que está escondida, com
vergonha do Governo Federal?
O
caminho para a questão da Habitação, que V. Sas estão buscando nesta
Casa, é através do diálogo, sim, das Comissões dos Direitos Humanos e do
Consumidor e da CUTHAB. Esse é o caminho certo! Só que antes eles faziam
invertido, eles agitavam lá para vocês e não resolviam os problemas, porque o
Governo Federal era de quem? Era dos outros. Agora eles também não resolvem,
porque o Governo é deles.
Então,
eu quero dizer, Ver. Todeschini, que V. Exª não é ingênuo. Quem sabe o senhor
não entendeu, naquelas reuniões, que havia uma desconfiança, e faziam parte
três setores: a União, com o Ministério das Cidades; o Estado, comprando a
área; e a Prefeitura de Porto Alegre, com o DEMHAB. Vossa Excelência, quem sabe
- e por isso o jornal se referiu ao termo “coisas escusas” -, não entendeu que
naquele momento havia uma discussão e, ao mesmo tempo, uma desconfiança de
vários setores para a compra dessa área. Não era só a questão técnica, havia
desconfiança. No Brasil, hoje nós sabemos que tudo o que tem que ser feito tem
que ser feito às claras, porque a sociedade está reprimindo esse tipo de
desconfiança, seja sobre o Governo Federal, Estadual ou Municipal. Talvez isso
já tenha sido contornado com o diálogo ocorrido aqui na Câmara com as duas
Comissões, CUTHAB e a Comissão de Direitos Humanos e do Consumidor, mas havia
uma desconfiança de vários órgãos em referência não à técnica, mas em relação à
compra dessa área; quem sabe, naquele momento, isso não foi entendido. E foi
tudo solucionado através do diálogo, e isso é bom, tirando de vez essa
desconfiança de um setor para com outro.
É
muito importante na vida brasileira, e nós, políticos, estamos aí nesse
momento... Esta semana estourou a questão do um bilhão de reais. Mas só pode
dar nisso! Se nós olharmos aqui (Mostra o jornal), o jornal O Sul fez um
gráfico do custo da campanha do Lula (Lê.): “1989, 4,4 milhões de reais; 1994”
- olhem a ordem! - “4,2 milhões de reais; 1998, 3,9 milhões de reais”. Agora,
pasmem: em 1989, foi com o marqueteiro Paulo de Tarso e o jornalista Carlos
Azevedo; em 1994, também com os mesmos; em 1998, Toni Cotrin e Eduardo Godoy.
Aí, em 2002, sabem com quem foi? Duda Mendonça. Entrou Duda Mendonça na
campanha do Lula. Lula, que não trabalhava, que ganhava aposentadoria, viajava
pelo mundo afora. Com dinheiro de quem? Do contribuinte! Porque eles foram
achar uma forma de tirar do cofre público. Esse dinheiro foi tirado dos cofres
públicos da União! Esse é o pior assunto, envergonha-nos.
Portanto,
quero deixar bem claro aqui: em 2002, foram 33,7 milhões de reais com Duda
Mendonça. Olha a diferença! Vou repetir: em 1989, 4,4 milhões de reais; em
1994, 4,2 milhões de reais; em 1998, 3,9 milhões de reais; em 2002, 33,7
milhões de reais. Olhem a diferença, olhem o crescimento da arrecadação do PT!
Agora vocês acreditam que o PT vendia chaveirinhos, estrelinhas, camisetas!?
Ora, aquilo era uma fachada, Ver. Haroldo, uma fachada sensacional! Arrecadação
através de meios de comunicação! Não, por trás havia um Duda Mendonça
arrecadando tudo dos cofres públicos da União!
Essa
é uma questão de que devemos nos envergonhar. E, sim, tem razão, Ver. Carrion,
em quase todos os Partidos essas pessoas têm que ser aniquiladas da vida
brasileira; essas pessoas não podem conviver em Partidos políticos, sob pena de
termos que nos afastar da vida política! E quero confessar aos senhores que, em
2008, estarei revisando a minha vida política, porque não compactuo com esse tipo
de atitude.
Este
é o pior momento da vida brasileira! Este é o pior momento da vida brasileira,
quando se tira dinheiro do cidadão e da cidadã para Habitação, que é um
problema crucial em Porto Alegre, com todos os Governos, Estaduais e Federais,
ou não? Ou será que essa questão da Habitação em Porto Alegre nasceu agora?
Essa questão da Vila Dique e da Vila Nazaré há anos está correndo aí pelo
Ministério das Cidades, Governo Federal, portanto. E agora vai sair, isso é que
é importante, por meio do diálogo!
Este
momento pelo qual a vida brasileira atravessa, primeiro, um momento de fraqueza
do nosso Presidente, Ver. Nereu, uma fraqueza que nos entristece... Até porque
eu quero confessar aqui, Ver. Nereu: já votei no Lula naquela oportunidade em
que o Brizola não passou para o 2° turno, e, contra Collor de Mello, eu votei
no Lula. Nós fomos obrigados a votar no Lula. Mas agora ele nos decepciona, um
homem que veio das camadas sociais mais pobres, mas que, lamentavelmente, me
parece não estar preparado para comandar, para impulsionar este grande País,
esta grande Nação, que é o Brasil.
Esse
quarteto, Ver. Besson - Evo Morales, Chávez, Fidel Castro e Lula -, eu não sei
em que pé, Ver. Haroldo, fará com que o Brasil se afaste cada vez mais das
grandes nações, isole-se cada vez mais. Vai chegar o momento em que eles não
vão agüentar mais o Evo, o Chávez, porque esses vão querer mandar também. O
Uruguai já está se mandando, o Chile já se mandou há muito tempo. E o Chile é a
maior nação, em termos de economia, deste Continente. Portanto, esse aspecto é
fundamental, mas nós, políticos, estamos no pior momento.
Senhores
e senhoras que estão aí ouvindo, concordem ou não: as manifestações populares
pararam por quê? Eu gostaria que vocês, como cidadãos, como cidadãs, fizessem
as manifestações que quisessem sem comando político! Porque os políticos não
estão mais acreditados, não têm mais crédito para comandar manifestações
políticas! É o momento de a sociedade se organizar por meio das suas
comunidades! Portanto, hoje, ainda bem que vêm para esta Casa para o debate nas
Comissões! Não há mais demagógicos de esquerda comandando manifestações no
Centro da Cidade, não há mais demagógicos de esquerda comandando manifestações nos
bairros da Cidade, porque a população começou a entender que é, através da sua
manifestação espontânea, direta, legítima, que ela vai exigindo a concordância
dos políticos, a população busca o diálogo, busca melhoria de vida.
A Saúde é um caos, temos filas à noite, madrugada
adentro, sem resolver nenhuma questão. Isso é uma vergonha para este País.
E quero dizer outra coisa: a única manifestação de
que participei, quando eu não era político, foi a campanha das Diretas Já, em
1984, buscávamos o direito da democracia, do voto. Mas não precisamos, não, demagogicamente
andar pela Cidade, fazendo manifestação contra este ou aquele Governo,
precisamos buscar legitimamente as aspirações, os anseios e os direitos da
comunidade.
Portanto, como político, neste momento, sinto-me
envergonhado. É o pior momento da vida brasileira, é o pior momento do País,
que se ajoelha sem poder de força, sem capacidade, através de seu Presidente,
perante as outras nações. Isso está levando à bancarrota o País, estamos
perdendo capital, perdendo dinheiro, e, recentemente, antes desse problema do
Evo, o Brasil havia perdoado a dívida da Bolívia, Ver, Nereu. Isso é o pior!
Encerro, dizendo o seguinte: o cidadão, através do
voto, no dia 1º de outubro, é que, sim, vai fazer! Não anule o seu voto, porque
na política há gente boa, sim. Mas nós temos que começar a analisar, conhecer o
candidato antes de ele ser político, devemos saber o que ele fazia. Porque, se
ele era sem-vergonha antes da política, ele vai ser mais sem-vergonha depois da
política. Porque ninguém enriquece com salário. Isso aqui está gravado na
Câmara, na Assembléia e na Câmara Federal, ele recebe com documento. Quando ele
recebe? Se ele enriqueceu é porque roubou. Não há outra possibilidade de um
político, que recebe, mensalmente, o seu salário, enriquecer. É porque, realmente,
está fazendo coisas além da política, coisas que envergonham este Parlamento e
todos os Parlamentos do Brasil. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu queria saudar de
uma forma muito especial as lideranças comunitárias que acompanham os nossos trabalhos na
tarde de hoje. Quero, rapidamente, colocar aqui, mais uma vez, aquilo que tenho
colocado nas últimas Sessões a respeito do nosso compromisso, do compromisso da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre na sua luta pelo resgate da dívida social
desta Cidade, principalmente da nossa luta para saldar a dívida social na área
da habitação popular, que, seguramente, foi a maior dívida que herdamos dos
Governos anteriores. Eu queria me referir a essa temática, que muitas vezes é
trazida aqui pelos Vereadores que conhecem a história. Então é, em respeito à
população que está aqui, que eu queria, mais uma vez, colocar esse tema.
Desde
1988, o Governo do Estado iniciou o cadastramento das 2.500 famílias das
comunidades que circundam o Aeroporto. Procuramos avançar, inclusive enquanto
Câmara de Porto Alegre, para podermos resolver o grave problema habitacional
das populações da comunidade da Vila Dique e da Vila Nazaré. Infelizmente,
recordo-me bem, estávamos em ano eleitoral, e alguns Vereadores, como Renato
Guimarães, na época, Lauro Hagemann e outros, que eram da base do Governo
passado, mobilizavam-se e criticavam o nosso esforço para resolver a
problemática fundamental do desenvolvimento da Cidade. Trouxe muito atraso
aquela posição intransigente, sectária, num momento em que o Rio Grande do Sul
vivia uma polarização emburrecedora.
Quando
nós assumimos a Prefeitura de Porto Alegre, um dos primeiros cuidados, uma das
primeiras preocupações do Prefeito eleito, José Fogaça, foi com a questão da
habitação popular, foi tentar fazer as parcerias com a comunidade, com o Governo
do Estado e com o Governo Federal, para resolver, de uma forma social,
democrática, dialogal, participativa, o problema de aproximadamente 2.500
famílias daquela região. Assim também como resolveu o problema das famílias da
Entrada da Cidade, porque, durante 16 anos, em todas as eleições, era prometida
a elas a solução do problema.
Nós
não ficaremos 16 anos para resolver esse problema! A capacidade de diálogo, a
parceira com a sociedade, o respeito à comunidade, a preservação da democracia
participativa no nosso Município e o aprimoramento e a criação de novos
instrumentos de participação democrática são ações que têm feito com que grande
parte dos problemas que, há décadas, não eram resolvidos comecem a ser
enfrentados e resolvidos.
Infelizmente,
no primeiro ano do nosso Governo, não tivemos o apoio do Ministério das Cidades
para enfrentar o problema da Vila Dique e o problema da Vila Nazaré. Mas o
Prefeito José Fogaça esteve em Brasília, vários Secretários estiveram em
Brasília, tivemos várias reuniões com os nossos companheiros do Governo do
Estado, com o Secretário Brum Torres, discutimos isso com o Governo, no sentido
de construir uma solução. Estamos construindo a solução - a Prefeitura de Porto
Alegre, através do Secretário Clóvis Magalhães, através do Presidente Tessaro,
no diálogo com a Prefeitura, no diálogo com a comunidade, no diálogo com o
Governo Federal, que é de outro Partido, não nos importa, não nos interessa, o
que importa são os interesses e os direitos da comunidade. É isso que nós estamos
fazendo. Avançou-se mais em um ano e meio do que nos 16 anos de imobilização e
de muita demagogia, em relação àquela região.
Serão
bem-vindos todos os Vereadores, de todas as Comissões, a esse debate, que é
encaminhado pela Prefeitura de Porto Alegre. Ainda nesta semana houve uma
reunião respeitosa, profícua da Prefeitura e do Governo do Estado; uma reunião
com a presença do Tessaro, do Clóvis Magalhães e do Secretário de Planejamento
do Governo Rigotto, Caçapava, na busca da aceleração das decisões. Os
Vereadores sabem que a nossa postura é uma postura de desenvolver a Cidade, é
uma postura de buscar soluções, sabem muito bem que nenhum centavo do dinheiro
público será devolvido, porque a nossa agilidade é, inclusive, enriquecida pelo
respeito às diferenças e pelo diálogo.
Então,
na verdade, quem sobe aqui para dizer isso...os Vereadores sabem que não é
verdade. Eu acho que isso não é justo, eu acho que isso não é legítimo, porque
conhecem as reuniões que estão sendo feitas entre os Poderes, conhecem a
contribuição que a comunidade tem dado, através da suas lideranças, a esse
debate. Resolveremos, sim, estamos no caminho certo, da parceria, do diálogo e
do respeito à comunidade. Não será como o Governo passado: 16 anos de
discussão, 16 anos de reunião em cada processo eleitoral e nenhuma solução com
a comunidade; hoje é diferente.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Apregoamos
a ida do Ver. Almerindo Filho ao I Seminário sobre Reforma Política, em Recife,
no Instituto Milton Bivar. O Vereador estará ausente de 7 a 9 de maio.
A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores
que estão hoje aqui presentes na Câmara Municipal, senhoras e senhores do Canal
16, eu quero fazer duas reparações pelo bem da verdade. Primeiro, em relação à
área da Vila dos Ferroviários.
Esta
Prefeitura que está aí é tão competente que deixou de fazer a avaliação junto à
Caixa Econômica Federal, deixou vencer, está aqui, quero mostrar à TVCâmara,
por favor. (Mostra documento.) O Ver. Raul Carrion nos passou este documento,
até porque o Vereador é o nosso representante junto ao Ministério das Cidades.
É dito o seguinte (Lê.): “A área de propriedade da RFFSA com testada para a Av.
Ernesto Neugebauer ocupada em parte pela Vila dos Ferroviários, com área de
aproximadamente 21.000m2 e área adicional com aproximadamente 9.000m2,
totalizando aproximadamente 30.000m2, integrante da gleba com área
de aproximadamente 405.317m2, será transferida pela RFFSA ao
Município sob a forma de dação e pagamento, através de escritura pública,
relativa às dívidas tributárias regularmente constituídas, inscritas em dívida
ativa, nas condições definidas no presente Termo”. Moral da história: não
fizeram por incompetência! Essa é a realidade! Está aqui, o prazo foi perdido
por total incompetência e também por falta de um olhar, de fato, para aqueles
que realmente necessitam.
Segundo,
em relação à Vila Dique, havia uma Emenda da Bancada gaúcha de dez milhões, e
só não foi um desastre maior, Ver. Raul Carrion - que também está aqui
presente; como Presidente da CUTHAB, na época, chamou uma reunião para
intermediar, isso em dezembro de 2005... Portanto, novamente uma incompetência;
não fizeram e quase perderam absolutamente tudo! Era uma Emenda da Bancada
gaúcha que foi aprovada.
E
por quê? Por falta de um olhar de fato para aqueles que realmente necessitam,
por não haver um mecanismo competente para acompanhar o processo. Na época do
Governo da Frente Popular, o Governador Olívio Dutra - e, depois, como Ministro
da Cidade - teve toda a boa vontade e a participação nisso, agora o afilhado do
Severino está no Ministério da Cidade - e vocês todos sabem que ele é do PP e não
da Frente Popular -, simplesmente, executando o que foi programado, trabalhado
pela responsabilidade e competência do Governo Federal. E contamos com a
responsabilidade do nosso Ver. Raul Carrion, que acompanhou “de cabo a rabo” -
desculpem a expressão -, junto ao Ministério da Cidade, e também do
Superintendente da Infraero, Marco Aurélio, que faz parte da Bancada do PSB;
eles acompanharam esse processo permanentemente, para que possamos estar
executando políticas tão importantes para o desenvolvimento da nossa Capital e
do nosso Estado.
Mas,
Ver. Carrion, eu sei que V. Exª não tinha mais a Liderança, espero ter estado à
altura para responder a algo que excede a instância da política federal, mas
também nossa aqui em Porto Alegre.
O
que eu queria fazer, na verdade, é uma avaliação, porque não é apenas como eles
tentam passar, que é com os empobrecidos. Nós vimos cada mediocridade com
determinados cientistas políticos que chega a dar dó, que perpassa a questão de
estar aqui como Vereadora. Ora, fazer mediocridade com Evo Morales, com Chaves,
com Fidel, pessoas que lutam pela soberania da sua nação, porque são defensores
do Bush, do Blair, dessa gente que sempre banalizou os movimentos sociais e o
desenvolvimento econômico e político da América Latina! Quando vêm os
guerreiros, que fazem da sua política uma política de soberania, que querem a
América Latina livre, auxiliando, inclusive, o Governo brasileiro a manter uma
linha de esquerda, partilhando dessa política, buscando a independência, me vem
aqui o Ver. Cassiá querendo banalizar. Esse é o critério de democracia do Ver.
Cassiá. O dele é democracia; o dos outros é marginalidade. Vejam, senhoras e
senhores, Partido é parte. E o Ver. Cassiá demonstra o lado dele. Eu, como sou
uma Vereadora de esquerda, sou socialista. Agora, o Vereador deveria se assumir
como um neoliberal, que defende os grandes monopólios do mundo, monopólios que
deixaram a América Latina do jeito que está.
Portanto,
senhoras e senhores, essa é posição de uma Vereadora da Bancada do PSB, mas
que, antes de tudo, tem no sangue a democracia, porque, se não compreendermos
que a democracia é o direito de expressão de todos, nós estaremos, aqui,
simplesmente, transmitindo um viés ditatorial, e, no meu ponto de vista, foi o
que o Ver. Cassiá expressou desta tribuna. Obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Pela importância do fato, informamos que
foi reeleita para o Clube do Professor Gaúcho a Professora Maria da Conceição
Pires. Esta Casa se congratula com a Professora reeleita no Clube do Professor
Gaúcho.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra em Tempo Especial, para relatar sua
participação na 2ª Conferência Nacional do Esporte.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, na semana passada, de 4 a 7 de maio, estivemos participando da 2ª
Conferência Nacional do Esporte. Fiquei muito feliz por ter recebido um convite
pessoal do Ministro do Esporte e fui o único palestrante do Rio Grande do Sul
naquele evento.
Durante
os quatro dias foram discutidos vários temas com alguns eixos norteadores.
Foram discutidas a questão do Sistema Nacional de Esporte e a forma como será
gerido esse sistema. O primeiro eixo discutido foi Organização, Agentes e
Competências; o segundo eixo, Recursos Humanos e Formação; o terceiro eixo,
Gestão e Controle Social; o quarto eixo, Financiamento. Proferimos a palestra
Gestão e Controle Social do Esporte Brasileiro.
Queremos ressaltar que o evento teve mais de dois
mil participantes de todo o Brasil. Na abertura, o Sr. Presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, assinou um Projeto de Lei de incentivo ao esporte.
Colocamos que esse Projeto de Lei é bem-vindo, mas, ao mesmo tempo, temos que
cuidar, porque o Projeto é nos mesmos moldes da Lei de Incentivo à Cultura, e,
no nosso entendimento, a cultura, realmente, no Brasil, de um modo geral,
cresceu muito, mas, ao mesmo tempo, se distanciou das camadas populares. O que
eu quero dizer com isso? Que o Projeto de Lei deve ser acessível às comunidades
que queiram fazer algum projeto, porque, senão, fica inviável, como é o caso,
hoje, da LIC, em que as pequenas comunidades não conseguem fazer um projeto que
passe na Lei de Incentivo à Cultura. Esperamos que no esporte isso não ocorra,
fizemos questão de falar ao Presidente da República e ao Sr. Ministro.
Também colocamos que estávamos lá para palestrar e
apresentar uma proposta de gestão e controle social, estávamos lá defendendo um
projeto de Nação e não de Governo. Deixamos bem clara essa separação, porque
entendemos que as ações devem ser acima do Governo que esteja emergencialmente
ou eventualmente num determinado momento administrando. O projeto de Nação tem
de ser maior e acima disso.
Também colocamos - e foi apresentado lá, é uma
novidade que vai começar a vigorar dentro em breve - a figura do Agente
Comunitário Desportivo. Hoje já existe em nosso País o Agente da Saúde, vai vir
agora o Agente Desportivo Comunitário, remunerado pelo Governo Federal. Nós
tivemos o cuidado de delimitar as áreas. Esse Agente vai ser o fomentador, ele
vai ser alguém que aglutinará na periferia os diversos tipos de clientela,
sejam crianças, jovens, adultos, idosos, mas a prática estará sempre presente,
e isso foi referendado pelos profissionais de Educação Física. Quero dizer que
vai ser uma figura nova que vai trabalhar com multidões e, ao mesmo tempo,
fomentar essa questão desses agentes. Também ficou acertado lá que os Conselhos Municipais de
Desporto terão, hoje, práticas novas. Eles vão acompanhar a assinatura de parcerias
de convênios, mas também terão que fiscalizar as ações dessas atividades e ver
a influência do rendimento.
Então, para finalizar, Sr. Presidente, quero dizer
da minha alegria de ter participado desse evento. Ressalto que fomos por
intermédio do Ministério, tanto a passagem como a hospedagem foram pagas pelo
Ministério de Esportes. Não houve nenhuma despesa nem para este Vereador, nem
para a Casa. Eu acredito que, com essa 2ª Conferência, o esporte nacional venha
a ganhar, e muito. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado, Excelência.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
N. 1905/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 069/06, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o Prêmio
“Construtor da Paz” à Legião da Boa Vontade (LBV), na categoria associação da
sociedade civil sem fins lucrativos.
PROC.
N. 1917/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 075/06, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Francisco
Roberto de Oliveira.
3ª SESSÃO
PROC.
N. 1694/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 030/06, de autoria do Ver. Luiz Braz, que altera
o art. 5º da Lei Complementar n. 482, de 26 de dezembro de 2002, que altera as
Leis Complementares nos. 07, de 1973, 48, de 1979, 197, de 1989, e a Lei n.
7.773, de 1996, e revoga dispositivos das leis Complementares nos. 07, de 1973,
197, de 1989, e 396, de 1996, estendendo aos proprietários de boxe comercial,
individual ou coletivo, a exclusão da incidência da Taxa de Lixo prevista para
os proprietários de boxe residencial.
PROC.
N. 1752/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 067/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que concede o “Troféu
Destaque Mário Quintana” ao Jornalista Cláudio Barcellos (Caco Barcellos).
PROC.
N. 1912/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 073/06, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, que
denomina Rua Nadir Gomes Guedes o logradouro não-cadastrado, conhecido
como Travessa B Um – Vila São Miguel,
localizado no Bairro Coronel Aparício Borges.
PROC.
N. 1918/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 076/06, de autoria do Ver. José Ismael Heinen,
que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Arnaldo da
Costa Prieto.
PROC.
N. 2011/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 071/06, de autoria da Mesa Diretora, que concede o título honorífico
de “Cidadão Integração de Porto Alegre” ao Senhor Paulo D’Arrigo Vellinho.
PROC.
N. 4074/05 - SUBSTITUTIVO N. 01, que institui o Programa Municipal de Fomento
ao Teatro e Dança para a cidade de Porto Alegre e dá outras providências, ao
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.
189/05, ambos de autoria da
Ver.ª Manuela d'Ávila.
PROC.
N. 2138/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 085/06, de autoria do Ver. Raul Carrion, que
institui o Dia Municipal de Luta dos Povos Indígenas, que será celebrado no dia
07 de fevereiro, anualmente.
5ª SESSÃO
PROC.
N. 1610/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 063/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que altera a redação do caput
do art. 102 e do parágrafo único do art. 197 da Resolução n. 1.178, de 16 de
julho de 1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), divulgando na internet
os projetos e substitutivos incluídos na Pauta e os Anais.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL:
Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
continua em Pauta o Projeto do Ver. Luiz Braz que prevê a extensão da exclusão
da incidência da taxa de lixo para os proprietários de boxes comercial,
individual, ou coletivo. Eu já me referi a esse Projeto anteriormente, e, Ver.
Luiz Braz, V. Exª me ouve atentamente, eu gostaria de perguntar se... No meu
entendimento, o Projeto exclui os boxes individuais ou coletivos, mas de
propriedade das pessoas. Eu lhe pergunto a respeito da garagem coletiva: por
exemplo, uma empresa que explora o serviço de estacionamento, não o boxe
particular, de propriedade; ou, então, eu tenho o meu escritório, tenho o meu
boxe, limitado, embora seja num edifício-garagem, mas dos proprietários
individuais. Eu quero saber se uma empresa que explora o serviço de
estacionamento, que não tenha boxe individualizado, que explora o serviço,
também será excluída da cobrança da taxa de lixo.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Nedel, primeiramente, é sempre uma satisfação
dialogar com V. Exª, que é alguém que realmente entende dessa matéria, por isso
mesmo é muito bom que a gente possa trocar idéias a respeito desse assunto.
Posso dizer a V. Exª que, quando se trata das
empresas comerciais que exploram esse serviço - como é o caso das grandes
garagens -, eu acho que elas são produtoras de lixo, e o que nós defendemos
aqui é exatamente a isenção para aquelas pessoas que não produzem lixo e que,
no passado, tinham que pagar a taxa de lixo mesmo sem produzi-lo. Como nós
demos a isenção, através daquele Projeto que votamos aqui, para as garagens
individuais...
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Particulares.
O Sr. Luiz Braz: Exatamente. Quando essas garagens
são coletivizadas, não há por que também não oferecermos a ela a mesma isenção.
Agora, é claro, eu acho que temos uma dificuldade quando se trata desses
trabalhos que são oferecidos por essas grandes empresas, porque são muitas
garagens. Eu acredito que, nesse caso, elas são produtoras de lixo e, como
produtoras de lixo, não podem ficar isentas, elas teriam que ser apanhadas,
então, pela legislação.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Muito
obrigado, Vereador. Vossa Excelência me esclareceu. Acho justo o seu Projeto de
não isentar as grandes garagens comerciais, e sim o proprietário de boxe
individual, que tem seu boxe definido, mesmo em garagens coletivas.
Gostaria de cumprimentar a Mesa Diretora por ter
incluído o Projeto que concede Título Honorífico de Cidadão Integração de Porto
Alegre ao Sr. Paulo D’Arrigo Vellinho. Realmente, é um Título muito importante
para uma pessoa que é unanimidade nesta Cidade, que é o Dr. Paulo Vellinho.
Também quero cumprimentar o Ver. Oliboni pelo seu
Projeto, que dispõe sobre a divulgação na Internet dos projetos e dos
substitutivos incluídos na Pauta desta Câmara, para que sejam apreciados,
votados e, também, especialmente, para que sejam do conhecimento público, porque
isso significa transparência. É muito importante que todos os assuntos, os
projetos sejam efetivamente do conhecimento público, para que esse público que
nos elege, que paga os nossos vencimentos, fiscalize e tenha conhecimento e
condições de interagir com a Câmara sobre esses projetos. Meus cumprimentos,
Vereador, pela oportunidade do seu Projeto. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ADELI SELL: Caro Presidente, colegas
Vereadores, colegas Vereadoras, minha cara Sofia, Líder da Bancada, eu poderia
fazer aqui uma boa disputa político-partidária, inclusive institucional, sobre
postura, sobre ética, sobre as últimas notícias que saíram nos jornais sobre os
62 Deputados que transgrediram a ética e que vão ser criminalizados, ou pelo
menos muitos dos seus assessores, em razão desse rolo das ambulâncias. Eu
poderia falar de um conjunto de questões que estão na ordem do dia, assim como
poderia falar sobre alguns setores da imprensa que “deram com os burros n’água”
sobre a questão da Bolívia, porque, na verdade, o Brasil está conduzindo a
situação com soberania e com respeito às diferenças. E nós sabemos que não
faltará gás no Brasil, até porque a Bolívia precisa exportar esse gás, precisa
da nossa tecnologia para a gasolina de que eles necessitam, que é extraída
dali. São algumas questões técnicas. Talvez merecessem um grande debate aqui na
Comissão de Economia, Finanças e Orçamento, inclusive vou propor amanhã à nossa
Presidenta que se faça um debate sobre esse tema.
Mas posso discutir questões nacionais, há temas de
sobra para fazer política e disputa, só que a nossa Cidade merece uma atenção
maior da Câmara Municipal. Olhem a situação das praças em Porto Alegre! Lembram
o que o Sr. Júlio falou hoje na Tribuna Popular sobre a situação em que se
encontra a Praça da Alfândega?! E o que fez o Secretário Beto Moesch?! Nada!
Absolutamente nada! Ele foi multar um cidadão que limpou e que pintou a Praça
Raul Pilla! Os senhores atentaram para isso? O Secretário Beto Moesch mandou
multar uma pessoa que arrumou uma praça! Eu levei essa pessoa na Secretaria
para discutir o problema daquela praça! Quando alguém ajuda é multado! A Praça
da Matriz era um verdadeiro galpão de reciclagem a céu aberto, servia de
moradia a 39 moradores de rua! O que fez a SMAM? Nada! Inclusive impediu a poda
de galhos de árvores. E o que aconteceu? Um galho caiu em cima de um carro, e a
Prefeitura teve que pagar o conserto do carro. Quem limpou a Praça da Alfândega
e a Praça da Matriz foi o DMLU. Não é função da SMAM fazer isso?
Olhem a situação da Praça Daltro Filho: tomada pela
marginalidade, é uma latrina a céu aberto. Agora, aos sábados pela manhã, se
faz um mexe-mexe, porque há o caminho dos antiquários. Passem agora, no fim da
tarde, na Praça Daltro Filho, ao lado do Capitólio, vejam a imundície, e o que
se torna, à noite, a Praça Daltro Filho: um amontoamento de moradores de rua,
de marginalidade e de trabalho ilegal. Vão até a Praça Berta Starosta, ali no
bairro Rio Branco. E não precisa ir até ali; vejam antes, na esquina da Rua
Garibaldi, na Rua Vasco da Gama. Ou vamos mais perto, vamos circular aqui, no
final da tarde, ao lado e à frente da ACM, na parte que não está cercada, que
não é da ACM, que é da Prefeitura. Eu fiz reivindicações, mostrei as fotos, e
está tomada de moradores de rua debaixo do viaduto. O espelho d’água é de
responsabilidade da SMAM, é meio ambiente. O que fez a SMAM? Nada!
Absolutamente nada!
Agora, vamos lembrar, nos últimos quatro anos aqui
nesta Casa, da metralhadora giratória do Secretário Beto Moesch. Ninguém
prestava, a Prefeitura era um escândalo, o único defensor do meio ambiente,
quem descobriu a defesa do meio ambiente na Cidade foi o Ver. Beto Moesch - o
“descobridor dos mares”, o descobridor do meio ambiente. Agora, ele faz
demagogia, porque arrumou uma meia-dúzia de plantas com a Gerdau. Só que faz um
ano que eu fui à Secretaria, com um grupo de pessoas, reivindicar o replantio
das árvores da Av. Cristóvão Colombo que foram cortadas ilegalmente. E o rolo
que foi aprontado na Rua Marques do Herval? Ninguém fala disso?! Pois eu trago
assuntos da municipalidade,
e o mutismo do Governo
só pode ser esse, porque eu duvido que alguém venha defender um Secretário que
briga com o seu Partido e com os seus colegas Secretários! Perguntem aos
Vereadores que foram e que são colegas do Secretário Beto Moesch.
Vai
ser difícil terminar este discurso, estas anotações que nós temos de fazer da
nossa Cidade, porque a coisa anda muito mal no nosso meio ambiente. E há um
Secretário pimpão, para quem tudo estava errado, e, agora, na sua gestão, é uma
guerra sem fim. Isso é a SMAM, o resto é enrolação. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado, Ver. Adeli Sell. O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O
SR. LUIZ BRAZ:
Vereador-Presidente Dr. Goulart, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores, hoje, pela primeira vez, eu ouvi, Ver. João Antonio Dib,
alguém na Rádio Gaúcha se referir ao nosso Presidente, Sr. Lula da Silva, como
um bobo da corte. Falaram que o Lula é um bobo da corte, porque ele foi e
continua sendo manipulado pelo Hugo Chávez e pelo Evo Morales, que fortalecem
as suas economias, que resolvem os seus problemas de nacionalidade utilizando o
Sr. Lula da Silva, que, não tendo explicações para dar ao seu povo, acaba
tentando manipular a opinião pública brasileira.
E
aí o Sr. Lula da Silva diz o seguinte: “Pode a Bolívia aumentar o preço do gás”
- e vai aumentar em dois dólares o preço do gás -, “pode acontecer isso, que eu
não vou repassar para os consumidores”. Aí eu faço uma pergunta: até quando o
Sr. Lula da Silva não vai repassar esse aumento da Bolívia, que foi mandado
pelo Chávez para os consumidores brasileiros? Até as eleições? Até as eleições
serve, pois, afinal de contas, seria uma forma de manipular a opinião dos
brasileiros, dizendo que essa crise da Bolívia, que foi criada pelo Chávez, não
vai nos atingir de forma nenhuma. Aí eu posso fazer uma outra pergunta, Ver.
Sebenelo: esse não-repasse do aumento para os consumidores vai ser tirado de
onde? Afinal de contas, é a nossa economia que está sendo afetada. Então, ou
nós vamos ter problema com a Saúde, ou nós vamos ter um problema maior com a
Previdência, ou nós vamos ter um problema maior com o desemprego; são áreas que
podem ser afetadas, porque esse aumento da Bolívia, que não vai ser repassado
para os consumidores até as eleições, vai acabar ferindo os nossos interesses
em alguma das áreas que estão necessitando de recursos.
E mais ainda: quando vier esse aumento, com essa
política que está sendo fomentada e incrementada de criação de um transporte
público à base do gás natural, como é que ficam os táxis? Hoje, aqui em Porto
Alegre, nós já temos, Ver. Bosco Vaz...
(Manifestação anti-regimental do Ver. João Bosco
Vaz.)
O SR. LUIZ BRAZ: Exatamente, V. Exª fez a lei.
Nós temos hoje, já, milhares de veículos que rodam com esse gás. E, quando vier
o aumento, Ver. João Bosco Vaz, esses taxistas, que foram ludibriados - porque
algum dia alguém disse para eles que podiam, tranqüilamente, mudar o seu
sistema, e eles mudaram o sistema, gastaram dinheiro, colocaram novos motores
em seus automóveis e compraram veículos novos -, quando passarem as eleições -
porque basta passarem as eleições; esse não-aumento do gás vai durar, no
máximo, até as eleições -, eu quero ver como é que vão ficar. Esses taxistas,
essas pessoas acreditaram no discurso do Governo, dizendo que podiam adotar
esse novo sistema, porque iria ser bom para todo o mundo.
E agora há esse papo do gasoduto. Até agora essas
relações entre Brasil, Bolívia, Venezuela e Argentina só foram boas para a
Bolívia, para a Venezuela e para a Argentina. O Brasil, infelizmente, nessas
relações com esses três países, Ver. João Dib, até agora não conseguiu levar
vantagem alguma. O Brasil só contribuiu com eles; o Brasil não recebeu
absolutamente nada em contrapartida; o Brasil está ajudando a que o Sr. Hugo
Chávez seja o grande líder da América Latina. O Brasil está criando um outro
grande líder, que é o Evo Morales, mas o Sr. Lula da Silva continua como um
simples bobo da corte, porque está sendo utilizado para fazer com que os outros
possam crescer. Mas ele, infelizmente, está fazendo com que o seu povo sofra,
com que a nossa economia seja cada vez mais decadente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, o Ver. Luiz Braz não
me tirou o discurso, mas fez, quem é jornalista sabe, um lead do
discurso, ou seja, fez um primeiro parágrafo muito bem-feito, com as principais
informações. E eu trago a revista Veja para comentar com os nossos amigos do
PT, do PSB e do PCdoB, que é...
(Manifestação anti-regimental da Verª Manuela
d’Ávila.)
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Menos o PDT
está no Governo, minha querida, e o PDT não está enrolado com nada, graças ao
bom Deus. Esta foto é uma foto sintomática. (Mostra revista.). E diz aqui
(Lê.): “Lula dormiu como grande guia da América Latina e acordou como mais um
bobo da corte do venezuelano Hugo Chávez”. O grande problema, e eu venho falar
disso aqui, é que os Vereadores do PT não admitem que há roubalheira no PT, que
há corrupto no PT. Isso que eu não gosto de vir à tribuna desta Casa - e nunca venho, todos são testemunhas aqui
- para discutir esse tipo de coisa.
Agora,
assisti ao Ver. Comassetto dizer que o Governo Lula mandou prender, por
corrupção, o Maluf. É verdade! Prendeu os sanguessugas, é verdade! Agora, não
prendeu os 40 ladrões de dentro do PT. Os de dentro do PT não foram presos. Aí
a culpada disso é a imprensa, que inventa. A imprensa inventou; o Seu Silvinho
“Land Rover” está a serviço da imprensa! O que eu não aceito é isso. Pessoas do
mal há em todos os Partidos, esse é um problema que o PT nunca entendeu. E
agora a casa caiu, e o velho stalinismo está de volta. É desclassificar a situação
que está todo o mundo vendo.
Eu
não concordo, como jornalista, com essa frase colocada pela revista Veja, acho
que é uma falta de respeito dizer que é bobo da corte, enfim, a figura do
Presidente. Agora, que a foto é sintomática, é! Até porque o Lula não quis
receber a dívida externa da Bolívia, perdoou a dívida externa. Agora vem o
pessoal do PT, aqui nesta tribuna, dizer que nada disso aconteceu, que as
elites é que inventaram, que a imprensa é que inventou. Estão no mundo da lua!
Estão no mundo da lua, porque, em todos os Partidos, existem pessoas que não
prestam; em todos os Partidos, sem exceção.
Agora,
é importante reconhecer as pessoas que erraram e puni-las. Até agora só o
Delúbio foi expulso. E o Zé Dirceu? E o Genoíno? Será que não erraram? Eu até
acho que eles comprometeram, não o Governo Lula, mas a figura do Presidente
Lula, que eu respeito; votei no Presidente Lula. Respeito a figura dele, não só
a figura humana, como a figura do Presidente em si. Até acho que o Presidente
não sabia de muita coisa, acho que ele delegou poderes, acreditando naqueles
que estavam à sua volta, e esses traíram a sua confiança. Penso isso e não
tenho vergonha de exteriorizar. Agora, daí a dizer que o Zé Dirceu, que o
Genoíno, que o Gushiken, que essa tropa toda não é responsável por essa
corrupção, aí eu não aceito! Aí eu sou obrigado a vir à tribuna para deixar bem
claro isso aí. Esses são os responsáveis por tudo que a figura do Presidente
Lula está recebendo, inclusive esta foto que está na capa da revista Veja! (Mostra
a revista.)
Vou
repetir: eu acredito que o Presidente Lula não sabia de tudo, acredito que teve
a sua confiança traída. Agora, que essas pessoas fizeram o que fizeram, e todo
o mundo sabe, é verdadeiro! Mas também não pode o Presidente Lula dizer à
imprensa, como disse ontem, que não lê jornal e que não vê televisão, Ver.
Haroldo. Até parece jogador de futebol, quando a gente critica: “Ah, eu nem
estou preocupado, porque eu não leio jornal!” Lê jornal, sim. Ouve rádio e vê
televisão. Sabe o que o cara diz, lá, o Silvinho. Pode o cara estar
desequilibrado, pode estar doente, pode ter que ser internado, mas esse sabe
muito! E o que ele disse é verdadeiro!
E,
para encerrar, Sr. Presidente: o Presidente Lula não precisava ter vergonha.
Poderia vir a público e dizer: “Eu fui traído pelos meus companheiros!” Dizer
isso e dar os nomes. Porque “companheiros” é uma coisa muito ampla. Dizer: “Eu
fui traído...” Ou alguém vai duvidar que o Presidente Lula tem a melhor das
intenções? Ou alguém vai contradizer que ele não quer o bem, que ele não quer
incrementar cada vez mais os projetos sociais?! Claro que ele quer o bem!
Mas
repito: todos os Partidos têm pessoas que comprometem uma Administração! O PT
nunca admitiu isso e agora está “cortando a própria carne”, está vendo que
aqueles grandes nomes podem não derrubar a Administração Lula, meu amigo
Todeschini, mas jogar lama em cima de um Presidente, em relação a quem tínhamos
grande esperança de que pudesse fazer as revoluções sociais que todo mundo
quer!
Então,
eu deixo aqui esse alerta para reflexão, não vim aqui para acusar ninguém,
muito menos a figura do Presidente, porém é preciso reconhecer esses grandes
nomes do Partido dos Trabalhadores. Não é o Partido! “Ah, porque o PT roubou!”
Não! É preciso reconhecer esses grandes nomes petistas que fizeram tudo isso
aí. Não vamos generalizar como em épocas passadas, em que se faziam
generalizações com todos os Partidos! Não! Eu tiro o PT; são os grandes nomes:
José Dirceu, Genoíno, Gushiken, Paulo Okamoto, toda essa turma aí que achou que
o Presidente poderia fazer “olho branco” para todas essas coisas, tinham a
confiança do Presidente, traíram a confiança do Presidente, e está aí essa
situação toda, a sociedade toda coloca em cheque essa situação! Muito obrigado,
Sr. Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Claudio Sebenelo está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Graças a Deus, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, as questões de Pauta nos tiram um pouco desse debate para... Quando
encontramos nesta Sessão um Projeto desta qualidade... Eu fico muito feliz em
pôr em evidência o Programa Municipal de Fomento ao Teatro e à Dança na cidade
de Porto Alegre, um Projeto de autoria da Verª Manuela d’ Ávila.
Verª
Manuela, a minha identidade com o teatro é a nossa identidade, a identidade dos
36 Vereadores que aqui representam, e a representação necessita ser alimentada
para melhorar a qualidade dessa procuração que não só os eleitores deram para
nós, mas que todas as platéias dão aos atores - essa qualidade da comunicação,
essa qualidade do exemplo, a qualidade inclusive da educação que o teatro pode
trazer, do processo cultural que envolve o teatro num País que teve teatro
apenas a partir de 1950, o Teatro Brasileiro de Comédia. Antes existia vaudeville e, no máximo, circo. Hoje nós
temos um teatro florescente no País, em Porto Alegre temos já um razoável
teatro. As grandes peças mundiais que passaram por Porto Alegre, por grupos de
Porto Alegre, merecem, inclusive, esse treinamento e principalmente merecem a
manutenção de uma performance de qualidade teatral, que V. Exª tão bem enfoca
na sua Justificativa.
Conversava
eu outro dia com a minha mulher sobre dança. Ela me dizia do seu encanto,
porque, num congresso mundial que houve no Exterior, uma pessoa, participando
de um debate, perguntou assim: “Qual é a sua profissão? E a outra disse: “Eu
sou bailarina”. Coisa linda, não é?! “E, como bailarina” - dizia ela - “a cada
passo eu rompo um equilíbrio e busco um novo equilíbrio”. Nesta Casa todos os
dias nós nos transformamos em dançarinos: nós rompemos os equilíbrios e
buscamos novos equilíbrios, novas situações.
É
isto que mexe com as pessoas, é isto que encanta: a descoberta do novo, do
processo educacional, Ver. Elói Guimarães, especialmente do usufruto, por uma
população, dessa maravilha, dessa jóia que é a representação, desse diamante
fantástico que é a dança, a dança na sua construção e nas questões não só de
organização da dança, mas, juntando dança, música, poesia, tudo junto numa
mesma dança, nós, para além de pessoas, subimos alguns andares, talvez chegando
a querubins, a serafins, qualquer coisa na hierarquia dos anjos.
A Verª Manuela d’Ávila: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Obrigada, Ver. Sebenelo. Eu agradeço todas as suas palavras, mas
gostaria sinceramente de lhe colocar que, por mais honrada que eu fique, esse
Projeto me foi apresentado por 18 grupos, de teatro e de dança, da nossa
Capital, portanto o mérito maior... Eu servi apenas como ponte para esses
grupos apresentarem um Projeto aqui na nossa Câmara de Vereadores. Os
integrantes do Grupo de Investigação Cênica e de Dança de Porto Alegre são os
verdadeiros querubins, aos quais o senhor se refere. Muito obrigada.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Vereadora, é exatamente o contrário; o
seu Projeto cresce muito mais porque partiu de uma base que sente diariamente
essa necessidade, e, principalmente, ele fica mil vezes mais autêntico, mil
vezes mais competente. Tomara que a nossa Cidade devolva a esse grupo essa
possibilidade, transformando em lei alguma coisa de que nós tanto nos
esquecemos nessa visão alienística de uma sociedade da pressa, que nos tira
esses encantos diários e nos exige tanto nos nossos trabalhos, na sociedade de
consumo, principalmente num momento em que as coreografias e a gestualística da
representação teatral e da dança passam, elas dizem tanto para nós todos os
dias aqui neste plenário e nós não vemos.
De
repente, passa um Projeto desses, nós vemos essa beleza, não só do Projeto, mas
a beleza do teatro e da dança, às vezes, fotografados rapidamente aqui no
plenário pelo seu Projeto, e, desgraçadamente, daqui a pouquinho vamos
esquecer. Mas fica marcado para o resto da vida, fica marcado na vida da Cidade
que a Cidade não ficou indiferente a essa verdadeira maravilha que é, como a
arte plástica, o quadro de um pôr-do-sol, ou de uma dança, ou a representação
de um teatro, em que os nossos ídolos passam a ter essa formação maravilhosa.
Meus parabéns, Vereadora!
(Não revisado
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado. O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, dos Projetos hoje em
Pauta, um é do Ver. Luiz Braz - inclusive eu conversava com o Vereador -, a
respeito da incidência da Taxa de Lixo, porque há sempre uma discussão sobre
isso. Sempre se discute que as garagens não produzem lixo, mas são tributadas.
Lembro-me de que, há três ou quatro anos, tivemos uma grande discussão aqui. A
Câmara aprovou, o Executivo teve que entrar na Justiça e acabou, depois,
perdendo. Então, Ver. Luiz Braz, sempre há essa discussão, e sei que V. Exª tem
a discussão do coletivo, do individual.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite
um aparte?
O SR. PROFESSOR GARCIA: Concedo-lhe o aparte, Vereador, porque tenho certeza de que V. Exª vai
me ajudar, e muito, na formulação de idéia.
O
Sr. Luiz Braz: Ver.
Garcia, de qualquer forma, é uma honra para este Vereador ter a preocupação de
um Vereador da sua estirpe. Eu sou um admirador do trabalho de Vossa
Excelência.
O
SR. PROFESSOR GARCIA:
Obrigado.
O
Sr. Luiz Braz: E posso
dizer, com absoluta certeza, que foi a primeira vez que uma tese que nós
defendíamos na Comissão de Justiça, a da possibilidade de o Legislativo iniciar
um processo tributário, teve vitória. Então, eu cuido com muito carinho desses
processos, porque eles são marcos na nossa condução aqui na Câmara Municipal.
Hoje, o que nós estamos tentando fazer é apenas transportar para a legalidade
alguma coisa que já de fato acontece. Hoje, as pessoas individualizam esses
boxes, e, de repente, eles transformam uma garagem em 40 boxes
individualizados. Isso acontece no Restaurante Tirol, que é um dos exemplos que
eu mais trago nesta Casa. Estou trazendo apenas a possibilidade de legalizarmos
algo que já acontece de fato.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado,
Vereador, mas essa, realmente, é uma discussão que vamos ter que ampliar. Eu
vejo o Ver. João Dib, vejo a Verª Maristela Meneghetti, o Ver. Adeli, nós
fazemos parte da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, e,
realmente, essa questão do poder do Vereador em legislar sobre matéria
tributária ou não sempre se discute. Em cima dessa questão, também há o Projeto
da Verª Manuela d’Ávila, que é a questão do fomento ao teatro e à dança, que
também, Verª Manuela, inclui algumas questões tributárias. Então, sempre que se
fala em questão tributária, a gente volta a essa discussão.
A
Srª Manuela d’Ávila: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Só para esclarecer, Ver.
Garcia, justamente o que temos em Pauta é um Substitutivo ao meu Projeto
original, porque nós avaliamos, junto com os grupos, que deveríamos manter sem
os teóricos vícios de origem. Então, ele está sem pautar isso, embora o Projeto
original contenha, sim.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: De
qualquer maneira, eu quero saudar, porque toda a vez que um Projeto possibilita
a questão do fomento em manifestações sócio-culturais, como é o caso da questão
do teatro e da dança, ele é bem-vindo. E hoje eu tive oportunidade de falar
sobre o evento de que participei em Brasília, quanto à questão da Lei de
Incentivo à Cultura, e ela, praticamente, torna inacessível... E veja, Verª
Margarete Moraes, V. Exª que é uma expert nesse assunto, sabe que a Lei
de Incentivo à Cultura dificulta o acesso às categorias menores, na base
realmente. Então, quando um projeto quer trazer teatro e dança para a
comunidade de periferia, para mais crianças, nós temos que saudar, porque todo
ser humano tem um grande potencial. O que nós precisamos, como gestores,
Vereadores, Parlamentares, é tentar oportunizar o acesso para que essas
pessoas, primeiro, tenham uma visão diferente, de que o teatro, a dança, a
música, o esporte não são inacessíveis; pelo contrário, eles devem ser
oferecidos como um todo para população. Então, quando eu vejo projetos de
natureza de inclusão social, eu só tenho de parabenizar os meus colegas. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
Apregoamos
o Substitutivo nº 02 do PLCL nº 047/05, que trata de regras que proíbem a
fixação de publicidade, como faixas, cartazes e placas para divulgação de
eventos, inclusive eleitoral, de autoria da Verª Margarete Moraes e do Ver.
Haroldo de Souza.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, na Pauta de hoje, o
Ver. Luiz Braz está em evidência. Todos os Vereadores discutiram o seu Projeto
de Lei, que, segundo a sua Exposição de Motivos, é uma proposição que apenas
melhor explicita e define o que sejam os boxes de estacionamentos comerciais
definidos na aludida Lei Complementar. Aí, o nobre Procurador da Casa, Dr.
Velásquez - que eu aprecio muito -, diz que é legal e regimental, mas, segundo
a Lei Complementar nº 101/02 - a famosa Lei de Responsabilidade Fiscal -, se
impõem requisitos de concessão de benefício, e a Lei Orgânica diz que deve ser
por um prazo determinado. Esse não é o caso. Na contestação, o nobre Vereador
volta a dizer que, assim, salvo outro entendimento do presente Projeto de Lei
Complementar do Legislativo, não concede qualquer benefício de natureza
tributária, mas objetiva tornar mais clara a aplicação do texto legal
existente.
O
Vereador explicou, várias vezes - inclusive, pessoalmente para mim -, que, se
individuar uma garagem comercial, não pagará taxa de lixo. Eu tenho minhas
dúvidas, e, na realidade, então, a lei não está apenas explicitando que seja boxe,
ela está tirando uma frase da lei que diz que as referidas unidades, boxes,
devem ter matrícula individualizadas. Diz que podem individualizá-las, e pode
mesmo, em cartório, mas eu não sei se fazem isso, mas, de qualquer forma, isso
vai ter de ser amplamente debatido, e, já quando apresentado na forma que hoje
está a Lei Complementar, o Executivo vetou, a Câmara derrubou o Veto, e o
Presidente da Câmara que, por acaso, era este Vereador, promulgou a lei.
Eu
quero cumprimentar o Ver. José Ismael Heinen pela homenagem que presta a
Arnaldo da Costa Prieto, como cidadão de Porto Alegre. Ele foi meu colega na
Escola de Engenharia. Quando eu era Prefeito, fui visitá-lo um dia em Brasília,
tomei um cafezinho, fiquei uns dez minutos, e, quando eu ia saindo, ele chamou
a imprensa: “Vejam aqui, apareceu um amigo que veio apenas tomar cafezinho, é
Prefeito e não pediu nada”. Realmente não pedi, mas ele ajudou muito esta
Cidade, quando esteve no BNH também.
E
a Mesa Diretora também acerta muito quando propõe o Título de Cidadão
Integração de Porto Alegre ao Sr. Paulo D’Arrigo Vellinho, é realmente uma
criatura que se dedica a sua coletividade e que poderia estar usufruindo uma
tranqüilidade, uma aposentadoria, mas trabalha todos os dias, com o mesmo
entusiasmo de quem está iniciando uma jornada, o que é muito bom exemplo e
propaga sempre que pode e onde pode a nossa maravilhosa e querida cidade de
Porto Alegre. Portanto, cumprimentos à Mesa, cumprimentos ao Ver. José
Ismael Heinen. E aguardo
maiores explicações, posteriormente, quando for na Comissão de Finanças, sobre
o Projeto do nobre Ver. Luiz Braz. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e assistência da
TVCâmara, temos hoje em Pauta dois Projetos que eu quero discutir, entre outros
importantes. Um deles é o da instituição do Dia de Luta dos Povos Indígenas, que
é para ser celebrado no dia 7 de fevereiro. Projeto de igual iniciativa tem o
nosso Senador Paulo Paim no Senado, e aqui ele está sendo apresentado pelo Ver.
Raul Carrion, a quem saúdo.
Os
povos indígenas, quase extintos pela dita civilização, têm necessidade do
resgate das políticas públicas para a sua sobrevivência e para a afirmação
dessa importante, e de direito, etnia brasileira. Inclusive já tivemos resgates
importantes, sou funcionário da Emater, e no Governo Olívio tivemos o início
das políticas para os povos indígenas, com o RS-Indígena. Foi uma primeira
tentativa, e agora o Governo Lula tem políticas bastante consistentes de apoio
à nação indígena brasileira, não só na assistência social, mas no
reconhecimento das terras, no acesso à universidade - com o ProUni, em que
1.600 vagas são reservadas aos povos indígenas - e também na questão da luz com
o Luz para Todos, em que a maior população beneficiada foi a indígena.
O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Todeschini, primeiro, agradeço o apoio ao Projeto e, segundo,
quero dizer que ele trata da luta do povo indígena, que, muitas vezes, é
tratado como, digamos, infra-adotado, e os indígenas tiveram importantíssimas
lutas no nosso País e no nosso Estado, o grito de Sepé Tiaraju ainda ecoa:
“Esta terra é nossa!” Foi a primeira luta contra o império espanhol, contra o
império português para garantir a vida do seu povo, assim como houve tantas
outras contribuições na nossa cultura. Temos resgatado a questão do negro e
temos resgatado pouco a questão dos povos indígenas na culinária, na Língua, no
nosso idioma, nos nossos costumes também e na construção do nosso Brasil. Vamos
ser parceiros nessa caminhada.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Agradeço o aparte.
O
brasileiro tem na sua composição genética as contribuições dos indígenas,
porque todos nós - a grande Nação brasileira - temos invariavelmente
contribuições genéticas, por origem, um avô, um bisavô, algum ascendente sempre
está presente em cada um de nós. E isso é importante que se resgate, porque o
Brasil também foi muito injusto, por muitas vezes, para com os povos que aqui
estavam, povos nativos que deram a sua grande contribuição também para a
conformação deste País. Então, cumprimento-o pelo aparte.
E nós fizemos o reconhecimento do Quilombo do
Silva, o primeiro quilombo urbano reconhecido no Brasil, e esta Casa tem o
inestimável mérito em reconhecer. Então é importante que se façam essas lutas e
resgates. Aliás, amanhã, Ver. Raul Carrion, nós teremos a presença dos povos
indígenas na CEDECONDH. É bem importante.
O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Eu queria pedir a interferência do amigo
no sentido da diplomação do Quilombo do Silva, porque ainda falta a
autenticação do Ministério da Reforma Agrária, é o Ministério que responde aos
interesses dos quilombolas no sentido de fornecer o documento, oficializando a
ocupação daqueles espaços. Se V. Exª puder, oficialmente, se dirigir ao
Ministro da Reforma Agrária nesse sentido, seria fantástico, porque, até hoje,
mesmo com todas as festas e o nosso esforço aqui na Câmara, que foi
magnífico... E V. Exª prega muito bem o aspecto do Dia do Índio, do Ver. Raul
Carrion, é muito bom o Projeto, mas lhe peço essa gentileza ao tratar do assunto.
Muito obrigado pela sua delicadeza.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Muito obrigado
pelo aparte, faremos o nosso papel, Vereador.
E, também, para concluir, Presidente, quero
cumprimentar a Mesa por ter acatado a sugestão, de nossa parte, em homenagear o
Sr. Paulo D’Arrigo Vellinho, que é uma liderança inquestionável da nossa
Cidade, em todos os aspectos. Inclusive, o repórter relatava-me que ficou
profundamente admirado com a expressão e a força de virtude de caráter do Sr.
Paulo Vellinho, quando ele esteve, aqui na sexta-feira, para fazer a gravação
do nosso programa de televisão. Então, cumprimento a Mesa, porque é mais uma
homenagem justamente produzida por nós, pela nossa Casa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Havendo
quórum, passamos à
Em votação o Requerimento de autoria das Lideranças da Casa,
solicitando a inversão da ordem dos trabalhos. Votaremos, em primeiro lugar, o
PELO n° 005/05 e, logo após, o bloco dos seguintes Projetos: PR n° 083/05, PR
n° 001/06, PR n° 003/06, PR n° 004/06, PR n° 006/06, PR n° 007/06, PR n°
010/06, PR n° 013/06, PR n° 018/06, PR n° 047/06, PR n° 049/06, PR n° 053/06,
PR n° 054/06, PLL n° 269/05 e PLL n° 331/05. A seguir, contemplaremos, também
em bloco, os seguintes Requerimentos: Requerimento n° 117/05, Requerimento n°
212/05, Requerimento n° 054/06, Requerimento n° 060/06, Requerimento n° 082/06,
Requerimento n° 083/06; e, após, os seguintes Projetos: PLL n° 016/05, PLE n°
020/05, PLL n° 001/06, PLL n° 270/05, PLL n° 275/05, PLL n° 300/05 e PLCL n°
004/96. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
2.ª SESSÃO
PROC. N. 1438/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.
005/05, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que inclui
dispositivos nos artigos 56 e 58 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre,
atribuindo competência às Comissões Permanentes da Câmara Municipal para a
discussão e votação de projetos de denominação de próprios municipais, vias e
logradouros públicos. Com Emenda n. 01. Com
Subemenda n. 01 à Emenda n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda n. 01;
-
da CUTHAB. Relator Ver.
Raul Carrion: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01, e pela rejeição da
Emenda n. 02;
-
da CECE. Relator Ver.
Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.
Observações:
- discussão geral nos
termos do art. 129 do Regimento da CMPA;
- retirada a Emenda n. 02;
- incluído na Ordem do
Dia em 24-04-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PELO nº 005/05. (Pausa.)
Não há quem queira discutir.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 2220/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 083/05, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o troféu
Honra ao Mérito à Sociedade Porto-Alegrense de Auxílio aos Necessitados
(SPAAN).
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0001/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 001/06, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que concede a Comenda
Pedro Weingärtner à Arminda Souto Lopes.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0003/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 003/06, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que concede o prêmio de
Artes Plásticas Iberê Camargo à Elizethe Borghetti.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0004/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 004/06, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que concede o Prêmio Gildo
de Freitas ao Senhor Carlos Antônio Fraga da Costa.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia, por força do art. 81 da LOM, em 04-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0007/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 006/06, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que concede o prêmio
artístico “Lupicínio Rodrigues” à Banda
de Música da Polícia do Exército do Comando Militar do Sul – 3º BPE – CMS.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0008/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 007/06, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que concede o Prêmio
Tradicionalista Glaucus Saraiva ao CTG Glaucus Saraiva.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0011/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 010/06, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que concede o Prêmio
Apito de Ouro ao Árbitro de Futebol César Gilberto Pastro.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0016/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 013/06, de autoria dos Vereadores Carlos Comassetto, Dr. Goulart, Manuela d'Ávila e Raul Carrion, que
concede o prêmio Quilombo dos Palmares à Sociedade Beneficente, Cultural e
Recreativa Imperatriz Dona Leopoldina, na modalidade atuação na área
artístico-cultural; à Mãe Norinha de Oxalá, na modalidade atuação na área
afro-religiosa e à Associação Comunitária Kilombo da Família Silva, na
modalidade atuação política e social.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0023/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 018/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede o título
honorífico de Honra ao Mérito Atlético ao Tenista Pedro Posselt.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0173/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 047/06, de autoria dos Vereadores Dr. Goulart, Márcio Bins Ely,
Mario Fraga e Nereu D'Avila, que concede o Prêmio Mérito Sindical à Força
Sindical-RS.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0473/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 049/06, de autoria do Ver. Elias Vidal, que concede o Prêmio Não às
Drogas à Comunidade Terapêutica Cidade de Refúgio.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0570/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 053/06, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o Prêmio
Francisco José Zaffari de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente à Unidade de Promoção Integral Bom Samaritano.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0870/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 054/06, de autoria dos Vereadores Claudio Sebenelo e Luiz Braz, que
concede o troféu Honra ao Mérito ao Senhor Jorge Leopoldo Moraes.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5687/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 269/05, de autoria do Ver. Adeli Sell, que institui o
Dia Porto-Alegrense Sem Meu Carro, a ser realizado, anualmente, no dia 22 de
setembro.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM.
Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 7351/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 331/05, de autoria do Ver. Raul Carrion, que
institui a Semana Municipal de Controle da Anemia Ferropriva, que se iniciará
na última segunda-feira de março de cada ano.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM.
Relator Ver. Claudio Sebenelo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o bloco composto
pelos seguintes Projetos: PR nº 083/05, PR nº 001/06, PR nº 003/06, PR nº
004/06, PR nº 006/06, PR nº 007/06, PR nº 010/06, PR nº 013/06, PR nº 018/06,
PR nº 047/06, PR nº 049/06, PR nº 053/06, PR nº 054/06, PLL nº 269/05 e PLL nº
331/05. (Pausa.)
Passo a direção dos trabalhos ao Ver. Valdir
Caetano, que fará a votação em bloco de todas as proposições por mim descritas,
uma vez que existem dois Projetos de minha autoria.
(O Ver. Valdir Caetano assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano): Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o bloco dos Projetos.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N. 117/05 – (Proc. N. 2344/05 – Ver.
Carlos Comassetto) – requer a constituição de Comissão Parlamentar
Externa para acompanhar a aplicação do Decreto Federal n. 5.287, de 26 de
novembro de 2004, que garante o subsídio de 52,4% na tarifa de energia elétrica
à unidade consumidora onde seja desenvolvida atividade relativa à agropecuária.
(incluído em 10-04-06)
REQ. N.
212/05 – (Proc. N. 5144/05 – Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo,
Margarete Moraes e Maria Celeste) –
requerem a constituição de Comissão Especial para averiguação da prestação dos
serviços da Telefonia Móvel em Porto Alegre. (incluído em 23-11-05)
REQ.
N. 054/06 – (Proc. N. 1525/06 – Ver. Aldacir Oliboni) – requer Moção de Apoio à regulamentação
da profissão de artesão. (incluído em 03-04-06)
REQ. N. 060/06 – (Proc. N. 1650/06 –
Ver.ª Maria Celeste) – requer Moção de Apoio aos Projetos de Lei do Senado
nos. 250/05 e 252/05, de autoria do Senador Paulo Paim, que regulamentam a
aposentadoria especial para os trabalhadores portadores de deficiências.
(incluído em 03-04-06)
REQ. N. 082/06 – (Proc. N. 2306/06 – Ver.
Carlos Comassetto) – requer que o período de Comunicações, no dia 12 de
junho de 2006, seja destinado a assinalar o transcurso do 43º aniversário da
Aldeia da Fraternidade. (incluído em 08-05-06)
REQ. N. 083/06 – (Proc. N. 2327/06 – Ver.
João Carlos Nedel) – requer que o período de Comunicações, no dia 15 de
maio de 2006, seja destinado a assinalar o transcurso do 50º aniversário da
Escola de Educação Básica Mãe Admirável. (incluído em 08-05-06)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Em
votação o bloco dos seguintes Requerimentos: Requerimento nº 117/05,
Requerimento nº 212/05, Requerimento nº 054/06, Requerimento nº 060/06,
Requerimento nº 082/06 e Requerimento nº 083/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o bloco dos
Requerimentos.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. N. 0350/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 016/05, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que dispõe sobre a oficialização das
feiras-modelo de Porto Alegre relacionadas em anexo ao art. 1º. Com Substitutivo n. 01 (A.Oliboni e A.Sell).
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Almerindo Filho: pela existência de óbice de natureza jurídica ao Projeto
e ao Substitutivo n. 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto e pela rejeição do
Substitutivo n. 01.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia, por força do art. 81 da LOM, em 23-11-05.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Em
discussão o PLL nº 016/05 com Substitutivo nº 01. (Pausa.) O Ver. João Antonio Dib está com
a palavra para discutir.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu acho que o
nosso problema não é fazer mais leis, leis em quantidade, como história em
quadrinhos, feitas para agradar. Eu não posso oficializar o local das feiras,
até porque a lei tem de ser cumprida. E eu não entendo que haja uma feira na 3ª
Perimetral, não entendo! O Município gasta fábulas de dinheiro e, depois, faz
uma feira na 3ª Perimetral e não numa transversal. Eu não entendo por que o
Município faz uma feira na Rua Vasco da Gama, que é uma radial importante, o
que sempre surpreende todos aqueles que entram ali e que têm de fazer voltas
enormes. Então, isso aqui não é matéria de lei! A própria Comissão de Justiça
colocou a existência de óbice, tanto à lei, quanto ao Projeto e ao
Substitutivo.
Eu
acho que nós não precisamos de mais leis. Isso é uma coisa que o Executivo vai
regulamentar, colocar medida às necessidades. Agora, eu não vou nunca entender
- vou insistir nisso - uma feira na 3ª Perimetral e outra na radial Vasco da
Gama, que aqui está relacionada. Dessa forma, Sr. Presidente, eu convidaria os
meus Pares a um raciocínio para ver que nós não devemos legislar sobre esta matéria.
Eu vou, depois, encaminhar contrariamente. Muito obrigado. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra para discutir o PLL nº 016/05 com Substitutivo nº 01.
O
SR. IBSEN PINHEIRO: Sr.
Presidente, discutindo rapidamente, pelas razões expostas pelo Ver. João
Antonio Dib e pelas fundamentadas razões jurídicas da Comissão de Constituição
e Justiça, esta matéria vem a Plenário com apenas um voto divergente na
Comissão de Justiça, pela sua flagrante lesividade de natureza jurídica.
Visivelmente, o posicionamento da Comissão de Justiça tem fundamento, Sr.
Presidente. Então, a minha manifestação é pela rejeição do Projeto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart) O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 016/05 com Substitutivo nº 01.
O SR. ADELI SELL: Colegas
Vereadores, eu poderia concordar com um conjunto de questões que a Comissão de
Constituição e Justiça tem levantado em alguns Projetos, não só em relação aos
meus Projetos, mas Projetos de vários Vereadores. Mas eu gostaria que os nobres
Pares da Comissão tivessem a mesma postura diante de todos os Projetos; todos.
Talvez a minha proposição e a do Ver. Oliboni, porque nós estamos discutindo um
Projeto e um Substitutivo, pudessem ser até um Pedido de Providências bem
recheado, bem organizado. O problema é que os nossos Pedidos de Providências
são desprezados, não são analisados. Então surgem aqui propostas de Projetos
autorizativos, para os quais talvez nós tivéssemos que dar outro nome, algo
intermediário entre um Pedido de Providência e um Projeto de Lei, mas nós não
chegamos a esse denominador comum. Talvez devêssemos buscar isso, e estou
aberto a essa discussão. Mas, depois que alguns Projetos autorizativos foram
aceitos pela Comissão de Constituição e Justiça, eu não posso me calar! Com
todo o respeito, eu quero dialogar.
O Sr. Ibsen Pinheiro: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, infelizmente não há uma
boa compreensão por parte de V. Exª sobre a natureza inconstitucional da
iniciativa autorizativa. Ela não é inconstitucional por ser autorizativa, é
inconstitucional por ser autorizativa em matéria da competência privativa do
Poder Executivo. Aquilo que for matéria da competência da Câmara, não há
violação constitucional em autorizar-se. Aliás, a rigor, todo Projeto tem um
conteúdo autorizativo. Mas, quando a matéria é da competência privativa do
Executivo, aí V. Exª definiu bem, o caminho é o Pedido de Providências, um
discurso dessa tribuna, uma carta ao Prefeito, qualquer coisa, menos Projeto de
Lei. Porque o Projeto de Lei vem marcado pelo vício da iniciativa. Eu quero
dizer a V. Exª que a unanimidade da Comissão tem procurado agir com critério.
Se erra e acerta, é porque é falível, composta de seres humanos, mas não tem
tido viés político-partidário, posso assegurar a V. Exª, no exame da
juridicidade.
O SR. ADELI SELL: Ver. Ibsen
Pinheiro, não estou tratando propriamente deste Projeto, que até pode ter essa
compreensão comum. É claro que, em relação a um Projeto autorizativo de
questões que digam respeito à Casa, eu tenho plena concordância com Vossa
Excelência. Acontece, Vereador, que eu sou cuidadoso em analisar os Projetos
dos colegas Vereadores, até por respeito ao que os outros colegas propõem,
porque a minha tendência é a de ajudar a organizar os Projetos, ajudar a
fazê-los. Eu não teria nenhum problema, Ver. Ibsen, Verª Clênia, até de retirar
o meu Substitutivo, se nós fizéssemos, a partir de uma reunião na Comissão de
Economia, por exemplo, um acordo com a Secretaria Municipal no sentido de que
nós tivéssemos feiras-padrão, que fossem oficializadas, etc. e tal. Eu também
não posso entrar na discussão que o Ver. João Dib provocativamente me faz sobre
a Rua Vasco da Gama e outras, porque são feiras de sucesso absoluto e não há
como tirá-las.
A Srª Clênia Maranhão: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Eu só queria dar uma informação a Vossa
Excelência. Só até o final do mês de março, o Executivo havia respondido a esta
Casa 2. 264 Pedidos de Providências.
A Srª Clênia Maranhão: Vereador, se
há alguma exceção, que não é o padrão, eu quero me colocar também à disposição
de V. Exª para ampliar esse diálogo.
O SR. ADELI SELL: Vou dizer
corretamente: na EPTC e na SMAM há teimosia, má-vontade, descaramento em não
nos responder. Só nessas duas Secretarias, cuide da SMAM e da EPTC em tudo, inclusive os Pedidos de
Providência, e nós vamos começar a nos entender melhor. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLL nº 016/05 com
Substitutivo nº 01.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
sobre esta matéria que estamos discutindo, participei de várias reuniões em
vários momentos. Quero dizer, Ver. Adeli, e V. Exª foi Secretário da SMIC, deu
tanta contribuição a esta Cidade, que é um equívoco o seu Substitutivo. E vou
dizer por quê. O Mercadão do Produtor, que há 24 anos funciona muito bem nesta
Cidade - portanto estou falando de 24 anos; se não fosse bom, não estaria
funcionando há 24 anos -, permite, Ver. Bernardino, que eu, que sou um pequeno
produtor de hortifrutigranjeiros no meu querido bairro Canta Galo, que produzo
alface, tomate, cebola, abacaxi, possa pegar o meu caminhãozinho, ir até a
feira do Mercadão, que é na Cavalhada, vender o meu produto. Se eu transformo
em feira-modelo todas as feiras de Porto Alegre, vou poder vender aquilo que o
Poder Público estipular que eu possa vender. Eu, produtor, posso vender cinco,
seis, sete produtos que eu produzi no Mercadão do Produtor e na feira-modelo só
vou poder vender aquilo que o Poder Público tiver estipulado: “Você vai vender
só batata”, então eu vou vender só batata! Quero dizer que não posso nem
avançar.
Faço
um apelo ao Ver. Adeli, que tem um bom, um extraordinário compromisso com esta
Cidade, ele a conhece: não dá, Ver. Adeli, o seu Substitutivo não dá! Não dá!
Quer reconhecer as feiras, o.k.! Está bem. Então vamos ficar no Projeto
original. Agora transformar Mercadão em feira-modelo, eu quero dizer que não
concebo “nem que a vaca tussa”!
O
Sr. Adeli Sell: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu me proponho a retirar o meu
Substitutivo, se houver um esforço para que a gente continue o debate, se V.
Exª se responsabilizar, como membro do PMDB, junto ao seu Secretário, de levar
adiante esse debate e fazer de forma pública e transparente. Está retirado o
meu Substitutivo neste momento, assino o Requerimento. Quero sua palavra.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Acho
que V. Exª teve um gesto de grandeza. Só não muda de opinião quem não tem
opinião. Por isso V. Exª teve um ato de grandeza.
E
quero dizer o seguinte: este Governo é transparente, sim, e nós vamos ser
parceiros, vamos falar com o nosso Secretário Cecchin, que é um Secretário
habilidoso e competente; nós vamos conversar. Vossa Excelência mesmo tem um
extraordinário diálogo, direto, franco, aberto - linha direta -, e eu acho que
essa tem sido a marca do Governo Fogaça. Eu não tenho tido dificuldade nos
Pedidos de Informações, e essa é a orientação do Prefeito, é a orientação da
Líder do Governo. Mas, se há problemas pontuais, vamos resolvê-los. Agora, o
que eu acho é que, se querem reconhecer as feiras, vamos lá! Mas não dá para
engessar, transformar o Mercadão de 24 anos, são 30% de produtores, ele está
dando certo e é bom para a Cidade. Não dá.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Sebastião Melo, eu
insisto que, na 3ª Perimetral e na Radial Vasco da Gama, nós não podemos
colocar em lei que vai haver feira. Não é possível. É dinheiro do Município
jogado às traças.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Está
bem, acho que V. Exª levanta uma outra discussão, mais profunda. Quem sabe o
Ver. Oliboni possa até, também, ter um gesto como teve o Ver. Adeli, e pedir
adiamento de discussão do Projeto. Eu acho que seria um caminho, Ver. Oliboni.
Nós fomos parceiros. Votamos um Projeto semana passada aqui, todos nós fomos
parceiros. Se há confusão, vamos chamar uma reunião de todo o mundo; nós nos
comprometemos, a Líder do Governo também. Vamos trazer o Secretário Cecchin.
Vossa Excelência continua sendo o autor, e o co-autor é o Ver. Adeli; nós vamos
apoiá-los, porque acho que a gente tem que respeitar as iniciativas, e as
iniciativas boas devem ser aplaudidas. Acho que V. Exª também ganharia ponto
neste momento, se pedisse adiamento de votação do Projeto. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Apregoamos
a Emenda nº 01, de Líder, ao PLL nº 016/05: “Retira dos anexos do Projeto os
locais 17 e 21. Justificativa da Tribuna”.
Apregoamos
também a Emenda n° 01, de Líder, ao Substitutivo n° 01 do PLL nº 016/05:
“Retira do anexo do Substitutivo os locais 17 e 21. Justificativa da Tribuna”.
O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir o PLL n° 016/05 com
Substitutivo nº 01.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
público que acompanha o Canal 16, todos observarmos que o Mercadão e as
feiras-modelo foram criados exatamente para a população ter acesso a um preço
melhor, para ter acesso aos hortifrutigranjeiros, o que até então não havia. E
a grande maioria dos bairros solicitava acesso a uma mercadoria mais barata,
mais acessível. É só conversar com um nobre feirante que está aqui, o Fonseca,
e mais um outro cidadão que está aqui ao lado - havia vários aqui, mas foram
embora -, eles possuem bancas nas feiras, até hoje, embora criada pelo nosso
Governo uma grande acessibilidade, elas ainda não foram oficializadas.
É
evidente que, se você está como um promotor da feira, entra Governo, troca
Governo, e as coisas se modificam, porque não existe um controle do Conselho
Municipal, nós percebemos claramente que há uma divergência na promoção: se
você quiser colocar um outro feirante, não pode; se você quiser colocar
qualquer outra atividade, como a que foi criada há pouco nesta Câmara, por um Projeto
de Lei deste Vereador instituindo espaço para o artesão, também não tem. Você
não tem o regramento porque as feiras até agora não foram oficializadas.
O
meu Projeto de Lei, nobre Ver. João Dib, simplesmente oficializa as
feiras-modelo e o Mercadão. O nobre Ver. Adeli apresentou um Substitutivo que
transforma o Mercadão em feira-modelo, e, por sua vez, os nobres companheiros
que são feirantes nessas feiras se sentiram atingidos, porque fica uma coisa
só.
Vamos
ter um pouquinho de compreensão: se vocês compreenderam que o Substitutivo do
Ver. Adeli Sell cria problemas para os feirantes, o meu Projeto, tenho certeza
absoluta, não cria problemas; ele simplesmente oficializa as feiras. E aí,
então, Ver. Sebenelo, poderemos criar um mecanismo e uma maior discussão em
relação a quem vai fazer o regramento das feiras, sobre quem pode entrar nas
feiras; se será uma comissão tripartite, se será um Conselho Municipal das
Feiras e assim por diante, porque inúmeros outros bairros estão solicitando
feiras para poder ter acesso ao preço barato, direto do produtor.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Aldacir Oliboni, eu
só quero fazer justiça. As feiras livres foram criadas quando se criou a
Secretaria de Abastecimento e Produção na Administração Leonel Brizola, e nós
já tivemos mais feiras livres do que temos hoje. Acho que elas são importantes
para a vida da Cidade, só sou contrário àquelas duas da Perimetral e da Radial.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Oliboni, eu quero
perguntar a V. Exª se já há o Parecer da Secretaria que é a responsável pelo
controle dessas feiras.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Não.
O Projeto de Lei não tem aqui, em anexo, o Parecer das Secretarias, até porque
não foi pedida vista do Processo. Uma vez pedido vista do Processo, poderíamos
ter aqui o Parecer da SMIC, da SMAM e tudo mais. Mas este Vereador falou
pessoalmente com os Secretários, e eles não fizeram nenhuma obstrução em
relação ao Projeto.
Eu
só queria pedir a sensibilidade, até porque este Projeto está para ser votado
desde o ano passado, e o Projeto original simplesmente oficializa, e o
Substitutivo cria uma feira só, tanto no caso dos mercadões como das
feiras-modelo. Eu tenho certeza absoluta de que a Cidade, os feirantes ficarão
muito satisfeitos com a idéia de oficializar essas feiras, porque a cada mês
novos espaços estão sendo solicitados. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
O
SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sr.
Presidente, encaminho Requerimento pedindo adiamento da discussão desta
matéria.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre
Presidente, o Ver. Sebastião Melo faz um apelo para que adiemos por duas
Sessões a discussão deste Projeto, com o que vou concordar, porque este é um
Projeto que tem mérito, os feirantes estão aguardando. Então, votando-se hoje
ou na próxima segunda-feira, tenho certeza de que estão sensibilizados pela
causa. Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação o Requerimento, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que adia por duas
Sessões a discussão do Substitutivo nº 01 do PLL nº 016/05. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 5713/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 020/05, que autoriza a alienação aos lindeiros de
próprios municipais localizados na Av. Neusa Goulart Brizola.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, VIII, da
LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 08-05-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLE nº 020/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação
nominal, solicitada pela Presidência, o PLE nº 020/05. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0005/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 001/06, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor Sérgio
Alfredo Petzhold.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLL nº 001/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5747/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 270/05, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que
denomina Rua Fernando Antônio Pizarro Barata Silva um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana. Com Emenda n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda n. 01;
- da CUTHAB.
Relatora Verª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01;
- da CECE. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia, por força do art. 81 da LOM, em 12-04-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLL nº 270/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 270/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 5786/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 275/05, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki,
que denomina Esplanada da Restinga um logradouro não-cadastrado, localizado no
Bairro Restinga. Com Emenda n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda n. 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 20-03-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLL nº 275/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 275/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 6538/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 300/05, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que
denomina Rua Lilia Russovski Tessler um
logradouro público cadastrado, localizado no Bairro conhecido como Protásio
Alves.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 08-05-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLL nº 300/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. MARIO FRAGA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de
quórum, nominal.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): (Após a apuração nominal.) Não havendo
quórum, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h50min.)
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